Tenho meu currículo e agora? Como buscar vagas?

Nesse artigo vamos refletir, juntos, sobre algumas questões cruciais para a busca por vagas e oportunidades no mercado de trabalho.

Ter um currículo bem elaborado sempre é o primeiro passo para as portas se abrirem, afinal é ele que normalmente leva os profissionais para entrevistas. Mas e depois que já temos ele? O que fazer para checar até as vagas? Essa é uma das principais dúvidas de profissionais que buscam recolocação, da função mais operacional até a de alta direção. Onde elas estão? Como buscá-las? Será que a forma que fazemos hoje é a correta e ideal?

Nesse artigo vamos refletir, juntos, sobre algumas questões cruciais para a busca por vagas e oportunidades no mercado de trabalho.

Foto: Gabrielle Henderson/Unsplash

Onde estão as vagas mais operacionais

Normalmente, quando falamos em vagas operacionais, imaginamos logo uma empresa de terceirização de mão-de-obra recrutando e contratando para prestações de serviços em outras empresas. Entretanto, elas não são apenas canalizamos através de empresas de RH, mas sim por contratações diretas também, principal para cargos mais técnicos que requerem alguns conhecimentos mais específicos.

Dentro desse ponto devemos considerar os processos seletivos em média e larga escala. Por exemplo: Empresa X precisa contratar 40 auxiliares de produção. Sendo assim, normalmente esses processos seletivos são feitos através de empresas terceirizadas. O ideal é recorrer a elas ou checar se o processo será feito diretamente pela empresa contratante, o que é possível, mas pouco provável.

Se o caso da contratação for um Técnico de Máquinas Pesadas, por exemplo, que é um perfil difícil de achar, a tendência é que a vaga seja selecionada pela própria empresa contratante ou através de uma empresa de headhunters, que é diferente da terceirização. Assim, o ideal é recorrer diretamente à empresa ou ás consultorias que buscarem profissionais no mercado para outras empresas. 

Foto: Van Tay Media/Unsplash

Apenas envios de currículos é suficiente?

Em um momento que muitos profissionais estão disponíveis para o mercado, podemos imaginar a quantidade de e-mails e contatos que profissionais de seleção e gestores/as de setor recebem todos os dias. Para não sermos apenas mais um no meio da multidão, devemos pensar em algumas estratégias além de apenas enviar currículos:

– Contatar a empresa depois do envio: muitos profissionais ficam com receio de fazer contato com a empresa depois que enviam o currículo pelo fato de acharem que isso pode ser chato ou taxado como contato indesejado. A questão é que esse contato deve ser feito sim. Se a pessoa que receber o contato se sentir incomodada, paciência, #partiupraoutra. É apenas uma no meio de milhares de outras empresas que também pode promover oportunidades. Se não houver ousadia de fazer coisas diferentes, dificilmente teremos resultados diferentes em nossos objetivos.

– Procurar, em redes sociais, os profissionais que sejam contratantes: as redes sociais nos possibilitam muitos pontos positivos. Um deles é achar pessoas que dificilmente teríamos acesso direto através de números de contato de celular, e-mails privados, círculos de amizade e outros fatores. Elas estão lá e podem ser adicionadas como qualquer outra pessoa e, muitas vezes, abertos a contatos ou abordagens.

– Ativar a rede de contatos com amigos e familiares: aposto que você já deve ter ouvido alguém falar “Nossa, que mundo pequeno”. Não há conceito melhor e mais aplicável do que esse num período de busca por recolocação profissional. Isso significa, na prática, que algum parente seu pode conhecer o/a recrutador/a ou gestor/a de determinada vaga. Sim, nós devemos fazer essa varredura para checar se realmente conhece, o que pode facilitar muito a aproximação com o processo seletivo. 

Foto: Scott Graham/Unsplash

 Sites de empregos são eficientes?

Você já deve ter visto muitos sites oferecendo 7 dias ou até 30 dias gratuitos para acessos ás vagas publicadas. Todos eles funcionam e geram oportunidade, entretanto para cada região há uma particularidade. A região amazônica, por exemplo, tem poucas operações de grandes empresas que atuam nesse segmento e que possuem maior atuação no eixo Sul-Sudeste. Normalmente elas atuam a distância, sem haver operação local, o que diminui a probabilidade de haver muitas vagas publicadas. Com uma operação local, o foco será captar e divulgar vagas locais. Com uma operação nacional, o foco será os maiores eixos e as captações e divulgações de vagas de outras localidades ficarão em segundo plano.

Onde estão as vagas de nível executivo

Muitos profissionais com nível gerencial têm dificuldades para encontrar vagas que possam ocupar. Isso ocorre pelo fato de que vagas assim normalmente não são publicadas de forma externa, como ocorre quando a empresa precisa contratar, por exemplo, 20 profissionais operacionais para um setor de uma só vez, que quanto mais divulgação, melhor. Para fechar 20 vagas é necessário, no mínimo, de 100 a 120 profissionais. Assim, as publicações dessas vagas de forma externa é o ideal.

Para uma função gerencial a escolha é pontual, cirúrgica, normalmente feita através de indicações ou buscas específicas, se for um cargo que requer um conhecimento muito detalhado sobre algum tipo de atividade. Sendo assim, dificilmente essas vagas serão publicadas em grupos de mídias sociais ou redes digitais. Se o/a profissional optar por buscá-las nesses meios, perderá uma grande fatia de tempo que poderia ser usado de forma mais assertiva.

Outro ponto fundamental para buscas por esse nível de vagas é listar ex-colegas, ex-chefes e ex-fornecedores parceiros que podem promover a oportunidade para a entrada num processo seletivo.

E então? Vamos para a prática?


Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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