Saiba como funcionam os sites de empregos

Nesse artigo vou falar sobre os principais pontos estratégicos a serem considerados nesses sites, o que pode aumentar significativamente a probabilidade de sucesso de ser chamado(a) para uma entrevista.

Esse é um assunto que desperta muita desconfiança em boa parte do público que busca a tão sonhada recolocação profissional. Os sites de empregos são uma incógnita pelo fato de que muitos profissionais não conseguem sequer serem chamados para entrevistas através de vagas anunciadas. Entretanto, há uma parcela de pessoas que conseguem suas oportunidades. Mas o que será que elas fazem?

Alguns deles oferecem vagas para que profissionais se candidatem sem nenhum custo financeiro. Outros têm os 7 dias gratuitos e que, após esse período, haverá uma cobrança de mensalidade para a estadia do currículo.

Nesse artigo vou falar sobre os principais pontos estratégicos a serem considerados nesses sites, o que pode aumentar significativamente a probabilidade de sucesso de ser chamado(a) para uma entrevista.

Foto: Mohamed Hassan/Pixabay

Como manipular os algoritmos 

O jogo de algoritmos é bem complexo. É como falar com uma máquina sem que ela entenda efetivamente tudo que estamos dizendo. Por isso, precisamos mergulhar no mundo robótico para que possamos falar a mesma linguagem, direcionando o cenário para onde desejamos. No caso dos algoritmos, o segredo para isso acontecer é saber usar bem as palavras-chaves, números e expressões, que são usadas nos filtros quando os(as) recrutadores(as) fazem as buscas no banco de dados.

Dessa forma, precisamos alinhar essas palavras-chaves. Vamos a alguns exemplos disso?

Exemplo 1: André está se cadastrando em um site de vagas. Ele atua como Supervisor de Manutenção e não sabe como preencher as informações.

O ideal de palavras-chaves: Supervisor de Manutenção / Supervisor de Manutenção Industrial / Supervisor de Facilities.

Havendo essas três palavras-chaves, estará no radar das buscas do site. Se a pessoa inserir apenas “Supervisor de Manutenção”, pode não aparecer quando o(a) recrutador(a) fizer a busca de alguém com esse perfil para a área da indústria, afinal Supervisor de Manutenção pode ser de frota, predial, obras ou similares. Quando insere-se Manutenção e também outra nomenclatura incluindo Industrial, passa a aparecer em todos os parâmetros do radar quando a pessoa fizer a busca de profissionais para uma vaga da indústria.

Exemplo 2: Carla está de cadastrando para uma vaga de Enfermagem. O perfil de atuação dela é com Enfermagem Assistencial. No preenchimento das informações, é necessário ela expor isso de forma explícita.

O ideal de palavras-chaves: Enfermeira / Enfermeira Assistencial / Enfermeira de Cuidados Básicos.

Dessa forma, estará incluída em praticamente todos os parâmetros quando o(a) recrutador(a) digitar a nomenclatura para buscar os perfis cadastrados.

Do filtro de buscas dos recrutadores(as) 

O filtro de buscas é o mecanismo que funciona com base na procura do(a) recrutador(a). Há um banco de dados com todos os cadastros realizados por profissionais. Com isso, a busca é feita com palavras-chaves, conforme o item acima. Entretanto, há alguns gaps em relação a isso, principalmente quando se trata de nomenclaturas de vagas. Uma única letra inserida de forma não ideal pode deixar a pessoa fora do radar e precisamos ficar atentos a isso.

Há uma cultura de vagas serem sempre anunciadas com a palavra no masculino, já percebeu? Não se sabe o motivo exato disso, mas é uma realidade que precisamos trabalhar, senão podemos ficar de fora dos radares do robô. Quando uma empresa precisa de um(a) profissional de supervisão financeira, por exemplo, a vaga normalmente é anunciada como “Supervisor Financeiro”. Em um processo para o chão de fábrica normalmente se usa “Operador de Produção”. Sempre no masculino. Sendo assim, o ideal de preenchimento de cadastro é que, mesmo se a pessoa for mulher, coloque os seus cargos na nomenclatura masculina.

Vamos a um exemplo sobre isso?

Exemplo 3: Bianca é operadora de produção de uma indústria. No preenchimento do site, ela inseriu a nomenclatura de cargo “Operadora de Produção”. A tendência é que fique fora do radar e filtro de busca do(a) recrutador(a).

O ideal: inserir como “Operador de Produção”, que é como normalmente as buscas são feitas. Assim, aparecerá no radar.

Vale a pena pagar um pacote de assinatura?

Qualquer forma que possa facilitar a recolocação, vale a pena, desde que tenhamos fôlego financeiro para isso. Entretanto, somente a assinatura em si não será o fator decisivo para que as entrevistas comecem a aparecer. Em sites de vagas, há vários fatores que se completam e que geram a condição da recolocação.

Além de poder ser fisgado(a) por algum(a) recrutador(a), a pessoa em questão também precisa monitorar as vagas anunciadas para que assim possa remeter o currículo para elas. Manter o cadastro completo e atualizado também é fundamental.

E então? Para onde vamos?

Sobre o autor

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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