Nesse artigo vou falar sobre vários parâmetros que servirão de direção para sabermos se estamos no caminho certo ou não.
Em momentos de crise como a que temos vivido nos últimos anos, falar de demissão parece um tanto absurdo, não é verdade? Entretanto, devemos considerar vários fatores variáveis, positivos e negativos para podermos abordar esse assunto. Dessa forma, conseguimos ter uma visão mais ampla e que seja fora do ambiente que estamos hoje.
A palavra demissão assusta, mas pode ser a libertação para novos caminhos, projetos de abrir um negócio próprio ou do tempo para termos acessos a novas oportunidades no mercado de trabalho, que paguem melhor, que criem melhores condições de crescimento e nos faça bem.
Nesse artigo vou falar sobre vários parâmetros que servirão de direção para sabermos se estamos no caminho certo ou não.
Irritação por qualquer coisa
Quando o(a) profissional começa a ter irritações por motivos banais, um dos motivos pode ser um ambiente de trabalho tóxico, problemático e adoecedor. Mesmo que a pessoa precise do emprego, pode ser um grande risco até mesmo para a vida com a possibilidade de desenvolvimento de doenças cardíacas, mentais e físicas.
Mesmo que o pedido de demissão seja a forma ideal (numa visão técnica e de saúde) para esse tipo de caso, precisamos considerar os profissionais que não possuem reservas financeiras no momento para fazer isso e aguardar até conseguir um novo emprego. Nesse caso, o ideal é que seja estabelecido um tempo-prazo para que continue na empresa atual, mantendo paralelamente (“por fora”) a busca de uma nova oportunidade.
O fator mais importante a considerarmos é que, quando isso está acontecendo, as irritações não ocorrem somente no ambiente de trabalho, mas também no familiar. Se isso estiver acontecendo de fato, precisamos refletir.
Esse fator é o mais preocupante pelo fato de ser um grande gerador de separações de casais, violências contra filhos(as) e até mesmo a perda de amigos. Tudo isso causado pela piora do comportamento, que reflete diretamente nas relações pessoais.
Acúmulo de trabalho sem aumento salarial
Com a tentativa de reduzir custos e recuperar as perdas financeiras que os dois anos de Covid-19 causou, muitas empresas estão reduzindo salários e outras dando responsabilidades duplas para profissionais. Quem antes atuava em uma função, pode estar sendo sobrecarregado com duas ao mesmo tempo após a demissão de outros profissionais. Sobre isso, o que normalmente vem ocorrendo é que há o acúmulo de funções, mas não o aumento salarial, mesmo que seja mínimo.
Dessa forma, o profissional que está nesse contexto tende a adoecer, seja fisica ou emocionalmente. Com o tempo, naturalmente começará a ter reações adversas devido o aumento de preocupações, estresses e cobranças por resultados maiores.
Se isso estiver acontecendo de fato, também precisamos avaliar se é ideal continuarmos na atual empresa.
Sentimento de tédio no horário de trabalho
Você vai para o trabalho e tem um terrível sentimento tédio, seja por repetição ou sem algum motivo específico? Se a rotina tem deixado você nesse ponto, é um sinal de alerta sobre a saúde emocional. Quando não há a sensação de alegria e empolgação num dia de trabalho, podemos começar a analisar se essa rotina realmente tem nos feito bem.
Alguns fatores como a falta de vontade de fazer o trabalho que sempre foi feito e a procrastinação (deixar tudo sempre para depois) também devem ser considerados como tédio, pois é um sistema desencadeado pela origem do tema.
Preciso crescer e não vejo mais como
Você já viu casos de profissionais que passam anos e anos numa função e, mesmo estudando para subir, nunca recebe uma promoção? E quando abre aquela nova vaga superior ao cargo atual e a empresa busca o profissional de forma externa? São dois sentimentos terríveis, não são? Terríveis e que deixa bem claro que nesse lugar não podemos mais ficar. Quando não há mais o espaço para o crescimento, podemos considerar que temos perdido um tempo que poderia ser usado para o crescimento em outra organização.
Há também os casos de profissionais que atuam em empresas de menor porte e chegam ao cargo máximo da empresa, entretanto, mesmo assim, quer mais e ir além. Nesses casos, também é válido avaliarmos se devemos continuar.
Em todas as situações que falei acima, precisamos avaliar que largar tudo de uma vez não é a melhor saída, considerando que temos necessidades básicas a serem supridas, como alimentação, educação, vestuário e afins. E isso será mantido pelo salário atual, mesmo que na empresa
Sobre o autor
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.
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