Motivos que travam o crescimento profissional

Nesse artigo, vamos abordar os principais fatores que impossibilitam o crescimento profissional.

Você já ouviu falar de algum profissional muito bom, mas que não deu certo em médio e longo prazo, não é verdade? Isso é mais recorrente do que imaginamos no mundo corporativo. Existe até um ditado que diz que as empresas contratam pela técnica, mas demitem pelo comportamento. O mais curioso dessa expressão é que, quase sempre, os comportamentos que geram essas demissões existem sem ao menos os profissionais saberem ou se perceberem. Ou seja, nem sempre há maldade ou propósito nesses maus comportamentos.

O período que vivemos contribui muito para alguns contextos que vemos acontecendo no dia-a-dia da sociedade, como a ansiedade, o imediatismo, a impaciência, a pressa para tudo e outros fatores que são trazidos por toda a evolução social que temos ao nosso redor.

Nesse artigo, conversamos sobre os 05 principais fatores que mais impossibilitam o crescimento profissional. Motivos que travam o crescimento profissional

Ilustração: Reprodução/internet

Imediatismo em projetos 

Quando definimos um caminho a percorrer precisamos ter consciência que o tempo médio para que tudo se concretize e sejamos referência no que planejamos como futuro é de 4 a 5 anos. É possível sim que o sucesso pleno surja de uma hora para a outra, entretanto, a probabilidade é menor. Quase sempre, a falta da paciência para o processo de amadurecimento faz com que muitos profissionais parem no meio do caminho e comecem um novo projeto. Daqui a pouco tempo, outro projeto, outro, outro e outro. No final de tudo, a tendência é que tenhamos iniciado vários caminhos sem a concretização de algum deles. Isso resulta em frustração total, desmotivação e a dúvida se estamos na área certa.

O ideal, durante esse processo, é que façamos ajustes em todos os fracassos que tivermos. Se tentamos de uma forma e não deu certo, se reescreve as etapas e planos de ações. Em seguida, caímos para o campo novamente. Se não der certo, repetimos o mesmo ciclo. Se insistirmos nisso, a tendência é que dê certo em médio prazo. Depois disso, quando começarmos a ver e colher os resultados, entenderemos o motivo de termos tido tantos nãos. O processo de amadurecimento é fundamental para estarmos afiados naquilo que desejamos seguir.

Copiar os métodos de alguém que deu certo 

Outro erro muito recorrente é quando vemos alguém que deu certo e tentamos copiar as suas ações. Por mais que tenhamos um bom começo, em médio e longo prazo não teremos uma identidade própria, ações autênticas e reconhecimento social único. O resultado disso é que nossa imagem vai cansar e ser vista como genérica de alguém.

Mas não tem aquele ditado que tudo se copia? Sim, e isso é uma verdade, desde que peguemos a essência do que deu certo, criando uma adaptação própria ao nosso formato de personalidade. Isso criará a nossa identidade perante o mercado e é por isso que seremos reconhecidos. 

 Se comparar com outros profissionais 

Esse fator é o maior ladrão de qualquer felicidade profissional. Já percebeu que sempre temos o hábito de fazer comparações? Se estamos caminhando rumo a um objetivo, nos comparamos com outros profissionais que atuam no mesmo. Se estamos em um relacionamento, comparamos a outros, de outras pessoas. E assim por diante. A consequência disso é que nunca viveremos plenamente os nossos caminhos justamente porque estamos embasados em provar para o outro lado que somos os melhores. Com isso, acabamos esquecendo dos nossos focos e resultados que idealizamos. No meio do caminho, vamos perceber que estaremos em um caminho complemente oposto do que planejamos.

Sentimento de autopotência 

Um dos comportamentos que levam à derrocada profissional depois que se alcança o topo é o sentimento da autopotência. Ele nos faz ter a ideia de que não precisamos mais estudar, nos especializar ou aprimorar o que está dando certo. De fato, em time que está ganhando não mexe, entretanto, precisamos avaliar, de forma contínua, a sua curva de declínio, que existe em qualquer profissão, projeto ou iniciativa. Com essas informações em mãos, vamos implementando ações para que o projeto se mantenha no topo. A autopotência tira dos profissionais essa sensibilidade de observação.

Um exemplo muito claro disso são as grandes empresas que continuam fazendo o que sempre fizeram. Com o passar dos tempos, as startups de pequeno porte estão vindo e as engolindo economicamente e se tornando grandes impérios de negócios.

Não saber lidar com as pessoas arrogantes 

Esse é o ponto mais desafiador que temos em nossas carreiras. É muito difícil conviver com pessoas tóxicas, entretanto, quem consegue fazer isso estará na frente de muitas outras pessoas. Precisamos entender que o nosso dia-a-dia é cercado por serem humanos, e onde eles estão há coisas boas e coisas ruins. Mantermos o equilíbrio nesses dois momentos se torna crucial.

Sempre que alguém lhe destratar, seja um cliente, um parceiro comercial ou conhecido, pense no objetivo final: onde você quer chegar e que aquela pessoa precisa estar no meio para lhe ajudar a chegar lá. Depois que você conseguir, faça a escolha de continuar ou não com ela em sua convivência.

E então? Vamos para a prática?

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pesquisador conta como é o desafio de planejar uma expedição científica à Amazônia

Felipe Augusto Zanusso Souza, pós-doutorando no Laboratório de Ecologia e Evolução de Vertebrados do Inpa, detalha como é organizar uma missão a campo em área remota da floresta tropical.

Leia também

Publicidade