Motivos que mais geram demissões na região amazônica

Nesse artigo vou destacar os principais fatores comportamentais que mais geram demissões em nossa região, de acordo com o consórcio de empresas de recrutamento e seleção.

O comportamento humano continua sendo o motivo que mais demite bons profissionais no mercado de trabalho. Dentro desse contexto, há variações de culturas de região para região, cada uma com sua particularidade em atitudes no dia-a-dia. Entretanto, boa parte desses profissionais não entendem que essa ou aquela atitude é considerada negativa no ambiente de trabalho e, por isso, acabam agindo sem a maldade comportamental em si.

Além dos aspectos considerados sem maldade comportamental, há o fator “indisciplina”, que se categoriza no aspecto comportamental com intenção, que a pessoa mesmo sabendo que tem o ponto negativo, continua agindo da mesma forma. Esse fator corresponde a 42% dos casos de demissões, dentro do grupo geral de baixas por comportamento.

Nesse artigo vou destacar os principais fatores comportamentais que mais geram demissões em nossa região, de acordo com um levantamento realizado por um consórcio de empresas de recrutamento e seleção de profissionais. É importante lembrar que o contexto que falaremos é sobre demissões causadas por aspectos comportamentais, não considerando as demissões que ocorrem devido a crise do Covid e da que estamos vivendo desde o começo de 2015. 

Foto: Imagem do Freepik

 INDISCIPLINA

A indisciplina, da mais simples à mais complexa, é um fator que assola muitos profissionais e, quase sempre, termina em demissão. Abaixo mostro, por ordem, as principais alegações de gestores(as) sobre os pontos negativos que levam às demissões.

Falta de pontualidade: esse é o fator mais proeminente no item “indisciplina”. Mesmo que tenhamos a ideia do “mas é só 10 minutinhos de atraso”, é falta de pontualidade, da mesma forma. Em um ambiente organizacional, 10 minutos de atraso pode atrapalhar muito o dia, seja fazendo um cliente ou um parceiro comercial esperar, seja com o tempo que poderia ser usado para o desenvolvimento de alguma atividade ou qualquer outro fator.

Insubordinação: o desrespeito à hierarquia da empresa é o segundo item mais observado por gestores(as). Liderados que respondem de forma grosseira, que não cumprem o que é definido em planejamento e que desconsideram o(a) chefe(a) imediato(a).

Deixar trabalhos para depois/procrastinar: esse fator é o responsável pela perda de produtividade de qualquer profissional. Isso ocorre por um simples fato: deixando para amanhã o que dá para fazermos hoje, amanhã usaremos o tempo que poderíamos estar executando outras atividades, gerando mais produção, resultados e, por consequência, ganhos para a empresa. É o terceiro fator que mais gera demissões, não pelo ato em si, mas pelo que ele causa em médio prazo.

Fofocas em grupinhos: esse é o item que mais cria desentendimentos entre setores e colegas de trabalho do mesmo setor. Em muitos casos, gera demissões coletivas. Também é categorizado como indisciplina e 4º no ranking.

Demissões com cunho pessoal: essas ocorrem quando envolvem profissionais que possuem posição de poder demitir alguém. Em alguns casos, eles acabam sendo os demitidos quando é identificado que as ordens de demissões de liderados foram feitas sob cunho pessoal. Exemplo: o líder imediato de setor X não gosta de Fulano. Por isso, o demite sumariamente. 

Foto: Imagem do Freepik

 AFETO EM EXCESSO NO AMBIENTE DE TRABALHO 

 Como uma característica de nossa região, o afeto é um comportamento que, se não dosado, pode ser exagerado e criar ambientes negativos para o(a) profissional em questão. Não se trata apenas do fato em si, mas sim do ambiente que se cria a partir da aversão de uma pessoa para com a outra. A cooperação mútua começa a se deteriorar e isso afeta diretamente o nível de produtividade da empresa.

Abraços sem permissão: abraços frontais, de lado e por trás sem a devida autorização para isso é o fator que mais gera desentendimentos no ambiente de trabalho e que, em alguns casos, geram demissões de ambos.

Beijos sem permissão: beijos no rosto e no pescoço também foram identificados como fatores que criam ambientes de invasão e excessos.

Toques com as mãos: toques na cintura, no cabelo e no rosto estão entre os fatores dessa categoria.

Tratamento efusivo sem permissão: “meu amor”, “meu bem”, “minha paixão” e “meu doce” estão entre as expressões que mais geram, em alguns casos, antipatia entre colegas. Também é considerado como um comportamento excessivo, quando não há autorização ou liberdade para isso. 

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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