Nesse artigo vou abordar vários pontos que acontecem todos os dias, alguns sendo mais fáceis de perceber, outros nem tanto. Ficar atento(a) com esses sinais é de fundamental importância para que não seja impactamos no dia-a-dia.
A saúde, tanto física quanto emocional, tem sido um assunto muito discutido entre rodas de profissionais de RH, psicologia, filosofia e sociologia. Isso ocorre devido todos os avançados científicos que temos presenciado ao decorrer dos anos através de novos estudos sobre o comportamento humano, suas mudanças, tendências positivas e negativas.
Ao passar dos dias nos assustamos devido tantas informações sobre doenças ocupacionais e mentais causadas pelo estresse no ambiente de trabalho. Apesar de hoje ser um assunto que conhecemos com mais profundidade, isso sempre existiu, entretanto, por ser algo até então desconhecido, não tinha a divulgação necessária.
Nesse artigo vou abordar vários pontos que acontecem todos os dias, alguns sendo mais fáceis de perceber, outros nem tanto. Ficar atento(a) com esses sinais é de fundamental importância para que não seja impactamos no dia-a-dia.
O(a) colega tóxico(a) velado(a)
Esse é o pior fator no ambiente de trabalho. Motivo de muito estresse, desconfiança, alerta contínuo e perda de atenção, nos tira da direção correta, quando permitimos. É o tipo de pessoa que fofoca, fala mal de todos sem conhecê-los exatamente, prega discórdia e sempre busca uma oportunidade para derrubar qualquer um, entretanto, em aparições públicas, age como uma boa pessoa, com discursos de trabalho em equipe, união e harmonia. Conhece alguém assim?
Esse é o 1º fator da lista dessa temática que mais perturba profissionais, segundo eles mesmos. “O pior desse tipo de colega de trabalho não é a sua existência em si, mas sim o fato da coisa ser velada. Na frente de todos ser uma maravilha e, nos bastidores, ser a pior pessoa do mundo”, dito pelo André Carvalho de Souza, Analista de TI em uma empresa de RH.
A melhor forma de lidar com esse tipo de pessoa é nunca passar informações demais sobre a sua vida pessoal. Sem essas informações, ela não terá como distribuir informações falsas e adaptadas de acordo com a sua maldade. O contato é estritamente profissional, pontual e legal.
A dupla jornada 2 em 1
Com a crise da Covid-19, a baixa de faturamento em empresas foi uma realidade. Com isso, criou-se um novo sistema de contratações: a 2 em 1, visando a redução de custos com operações. Antes, as oportunidades que precisavam de dois profissionais, um cada para atividade, agora se contrata um profissional apenas para fazer as duas funções.
O ponto crítico desse novo tipo de contratação é que os profissionais estão ficando sobrecarregados, estressados e pouco produtivos devido a alta carga de trabalho, muitas delas havendo até mesmo a necessidade de horas-extras. O que inicialmente foi idealizado para reduzir custos, hoje está criando problemáticas organizacionais como alta rotatividade e baixa produção. Em médio e longo prazo, os custos gerados para a solução desse novo problema, será muito maior do que a ideia de redução inicial.
Absorver problemas, de forma excessiva
A busca por resolver problemas e demandas organizacionais é fundamental, desde que não seja absorvida de forma excessiva a ponto de adoecer a mente do(a) profissional. Nesse fator em específico, a ansiedade, como o mal do século, é o que mais estimula o adoecimento emocional no ambiente de trabalho, criando condições desumanas para pessoas se cobrarem e se martirizarem quando as coisas não saem de forma perfeccionista, do jeito que fora idealizado inicialmente.
A divisão de esforços pode ser um fator importante para que essa ansiedade não nos consuma no dia-a-dia. Quando envolvemos outras pessoas em situações que nos tiram no eixo, conseguimos dividir o fardo, aliviado a tensão e todo o estresse gerado. Isso porque a outra pessoa, que vamos compartilhar o peso das preocupações, pode até mesmo dar novas ideias de como resolvê-las.
Atividades repetitivas
A contínua e repetitiva de atividades é um fator que adoece tanto emocional quanto fisicamente. O período dos últimos 10 anos foi o que mais gerou doenças como o LER – Lesão por Esforços Repetitivos, principalmente em profissionais que atuam diretamente com o uso de computadores. Para entendermos isso na prática, precisamos fazer a divisão do Emocional X Físico.
Emocional:
– estresse gerado pela repetição massiva de atividades, não estimulando novas “movimentações” no cérebro.
– depressão causada pelo grande cansaço causado, que gera a necessidade de descanso, que reduz a convivência social.
– baixo interesse de conversar, causado pelo cansaço gerado através do estresse.
Físico:
– problemas de visão, causados pelo grande tempo de uso de computadores e outros aparatos tecnológicos.
– dores e inflamações em nervos, costas, pernas e braços, também causadas pela alta quantidade de repetições com o uso físico.
Todo o avançado que está ao nosso redor é importante, entretanto, precisamos ficar muito atentos para que não entremos nesse universo de doenças ocupacionais. Balancear os pontos positivos e negativos sobre o que temos vivido hoje, é o passo ideal.
Sobre o autor
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista