Empreendedor sozinho ou em família?

Nesse artigo vou pontuar os principais fatores que precisam ser analisados para que tudo ocorram bem.

Você já viu casais que começaram a empreender juntos e prosperaram? Já deve ter visto também casais que já tentaram e não conseguiram, não é verdade? Independente do contexto, empreender em Família não é uma tarefa simples e requer muita maturidade para que tudo ocorra bem e tranquilamente.

O ponto crítico dessa relação pessoal/comercial é que há alguns fatores do dia-a-dia que precisam ser levados em consideração de forma detalhada. Com tudo alinhado, o negócio vai fluir normalmente e o êxito vem em seguida. Sejam com vendas de produtos ou serviços, a sintonia entre o casal deve ser afinada a ponto de um não precisar falar para o outro o que fazer.

Nesse artigo vou pontuar os principais fatores que precisam ser analisados para que tudo ocorram bem.

Divisão de atividades

 Esse é o fator que mais gera conflitos e perda de produtividade num trabalho entre casais. Quando não há as responsabilidades definidas de forma clara, a tendência é que as duas pessoas façam tudo ao mesmo tempo, desperdiçando o tempo que poderia ser usado para o desenvolvimento de outras atividades. Em alguns casos, há outras ocorrências como pagamentos em duplicidade, que deixa desfalcado o caixa do casal. Mesmo que o recurso seja estornado, há um período para a análise e devolução. Se for um tipo de venda que requer caixa imediato, isso pode ser um desastre.

Para esse planejamento ser feito é necessário dividir o negócio em duas frentes: a operacional e a comercial, que são os dois pilares de qualquer projeto.

– Operacional: é quem vai cuidar de todos os trâmites burocráticos, sendo administrativo, financeiro, produção, logística, estoque, documentações e soluções de problemas. Nessa atividade é necessário um nível apurado de controle de informações.

– Comercial: quem vai vender os produtos e serviços deve ficar livre de todo e qualquer trâmite burocrático. Considerando os tempos de crise que estamos vivendo, qualquer uso de tempo pode resultar em negócios perdidos. As prospecções de novos clientes ou recuperações de clientes inativos são atividades de demandam tempo integral, pois não se trata apenas das negociações em si, mas a elaboração de propostas, estudos de mercado e o fechamento do negócio em si.

É fundamental que cada um faça uma área. Se houver a mistura entre as duas pode haver algum descompasso de informações ou até mesmo perda de produtividade de um lado ou de outro.

Divisão de assuntos pessoais e profissionais 

Esse é o segundo motivo que mais leva casais empreendedores ao insucesso. Os desentendimentos pessoais, em muitos casos, são levados para o ambiente de trabalho. O ambiente fica tenso e o processo de comunicação entre as duas pessoas fica caótico. Isso cria condições diretas de perda de produtividade e, por consequência, faturamento.

Se o casal tem histórico de muitos desentendimentos pessoais, antes de começar o negócio é o período de acertos e ajustes para que isso não continue ocorrendo.

A maturidade para conseguir separar os assuntos é fundamental para quem quer empreender em casal. Se de um lado há um problema, levando para o ambiente profissional teremos dois. Assim fica pior.

Definição de ganhos

Mesmo que o trabalho seja em casal, é necessário definir os ganhos de cada um. Em muitos casos de negócios que deram certo e não havia essa definição, uma das partes começou a criar conflitos devido a outra parte fazer mais retiradas ou algo similar. Dessa forma, o negócio começa a definhar até chegar ao seu fim. Cada ser humano tem o seu interesse e isso deve ser atendido visando a satisfação e motivação pessoal.

Ainda nesse fator, é importante termos a consciência de que o ganho de cada um não pode ser todo o lucro mensal do negócio, considerando que é necessário haver reservas financeiras de caixa para algum imprevisto ou alta demanda que pode requerer compras antecipadas de materiais ou similares.

Prioridade com gastos

O uso de recursos financeiros do negócio também deve ser planejado e com definições de prioridades. Isso se torna necessário pelo fato de que, quando o negócio começa a funcionar, entra mais dinheiro. Isso pode criar situações de um querer gastar com algo e o outro querer gastar de outra forma. Havendo essa definição de prioridades, há um acordo que dificultará a insatisfação de uma parte ou outra.

Dentro dessas prioridades, dependendo do negócio, é importante haver reserva de caixa para compras de materiais para o desenvolvimento de novos trabalhos. Mesmo que alguns negócios não tenham essa necessidade, é bom fazer reservas.

E então? Vamos para a prática?

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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