Como transformar um pequeno negócio em um empreendimento digital

Nesse artigo, vamos falar sobre os principais pilares que devemos considerar quando pensarmos em transformar esse pequeno negócio em um empreendimento digital e sem fronteiras.

A venda digital já é uma realidade, não mais do futuro, mas do presente e com tendência de grande expansão nos próximos anos. Com a pandemia, o mercado descobriu um novo ambiente de negócios, com baixo custo e alto giro pela demanda de clientes que procuram os produtos e serviços mais diversos que podemos imaginar, sem que saiam de casa.

De Junho de 2020 para cá, a região amazônica teve e continua tendo um crescimento gigantesco na criação de pequenos negócios formalizados e informais. Essa é uma alternativa que muitos profissionais estão buscando após serem desligados de seus empregos com a parada de muitos negócios devido a redução de consumo com a diminuição de circulação de pessoas na sociedade.

O crescimento de demanda de vendas digitais nos traz um conceito diferente do que sempre ouvimos falar: nem sempre é necessário ter um site de vendas. Elas podem ser realizadas através de negociações individuais, o que deixa os processos mais rápidos.

Nesse artigo, vamos falar sobre os principais pilares que devemos considerar quando pensarmos em transformar esse pequeno negócio em um empreendimento digital e sem fronteiras. 

Foto: Agência Brasil

OS PRIMEIROS PASSOS

– Site ou plataforma de vendas: nem sempre é necessário ter um/a para poder iniciar um empreendimento digital. As vendas podem começar sendo feitas de maneira pessoal, sem haver a necessidade diária de atualizações de imagens, conteúdos e outros recursos. Depois que o negócio começar a criar um formato mais abrangente, podemos mudar a forma de negociações, transformando em um site, blog ou página. Além disso, também podemos substituir um site próprio por um terceirizado de compras coletivas ou os que são especializados em compras e vendas. Muitos são até gratuitos.

– Como divulgar o negócio: sobre isso, há duas opções. A primeira é de construir aos poucos, com divulgações diárias dos produtos e serviços. Isso pode ser feito com pessoas próximas, conhecidas e amigos que se tornarem clientes. Esse é o caminho um pouco mais demorado, considerando que todo o público captado será orgânico. A segunda é incentivar publicações e divulgações através de postagens patrocinadas, o que tende a gerar maior atração de pessoas, mas não necessariamente a conversão de vendas. O único cuidado que precisamos ter é que esses patrocínios não prejudiquem o orçamentário financeiro do negócio. Se percebermos que nas primeiras publicações não há o retorno esperado, devemos reconsiderar a estratégia.

– Formas de pagamento: sobre isso, há muitas dúvidas de empreendedores iniciantes sobre a possibilidade de recebimentos financeiros sem ter um CNPJ. É possível? É sim. Todos os sites de pagamentos através de meios digitais possibilitam que o registro do/a empreendedor/a seja feito através do CPF, como pessoa física. Os recebimentos, ao invés de serem direcionados para uma conta empresarial, são encaminhados para a conta pessoal da pessoa.

COMO FAZER AS PESSOAS CONFIAREM E COMPRAREM DE VOCÊ

Os negócios digitais se multiplicam a cada dia. Com isso, a quantidade de opções para os clientes é grande. Junto a isso, também há o crescimento de fraudes e golpes aplicados, o que gera grande desconfiança para quem vai comprar. Considerando esse contexto, precisamos pensar em formas que possam promover a segurança dos nossos clientes.

Nesse sentido, temos dois cenários:

– Se estivermos vendendo produtos, por exemplo, é interessante fazermos uma gravação com a demonstração do mesmo, mostrando que realmente existe e as condições de integridade.

– Se estivermos vendendo serviços, depoimentos gravados ou registrados em fotos são boas alternativas. Entretanto, é necessário termos a autorização para o uso da imagem do/a cliente, considerando que pode haver problemas jurídicos, caso as divulgações sejam feitas sem a permissão. 

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

PARCERIAS COM GRANDES REDES

A pandemia também criou uma nova condição de mercado para quem está iniciando no empreendedorismo: a absorção de grandes redes como canais terceirizados de vendas de produtos e serviços.

Essa nova sistemática funciona da seguinte forma…… um site nacional abre um espaço para divulgar os produtos e serviços. Com isso, as vendas são realizadas diretamente por eles sob um percentual de comissão para cada venda realizada. Esse formato é positivo quando o/a empreendedor/a ainda não tem um canal sólido para divulgações, podendo aproveitar todo o capital de alcance de pessoas que os grandes grupos possuem.

Para termos uma parceria bem firmada, é fundamental que possamos ler todo o contrato ou termo de compromisso, avaliando todos os riscos existentes. No geral, não há nada que possa prejudicar o negócio em si, havendo apenas a redução de ganhos devido o percentual que deverá ser repassado para o site.

QUANDO DEVO ABRIR UM CNPJ

Se o negócio começar a crescer de forma inesperada, é fundamental começarmos a avaliar a possibilidade de transformar o negócio em uma empresa em si. Isso é necessário quando começarmos a atender clientes de médio ou grande porte, que normalmente são os que exigem a formalização de um CNPJ, que terá uma taxação maior de impostos.

E então? Vamos para a prática?

Flávio Guimarães 

É diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular. 

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