Nesse artigo vamos falar sobre os principais fatores que mais fazem empresas contratarem profissionais, mesmo sem experiência.
A maioria das vagas de empregos pede experiência e muitas empresas já querem profissionais prontos, o que pode ser um erro na seleção de talentos, pois assim muitas pessoas com excelentes habilidades comportamentais podem ficar de fora pelo fato de não terem experiência. Isso ainda é realidade no mundo organizacional, mesmo que uma movimentação de mudança de mentalidade já esteja ocorrendo.
Já ouviu aquele ditado: “Mas como vou ter experiência se ninguém me abre um porta?”. Esse é o grande paradigma enfrentado por pessoas que buscam suas primeiras oportunidades ou que visam mudar de uma área para a outra. Nesse contexto, ainda é possível criarmos um ambiente adaptado para a chance seja dada.
Nesse artigo vamos falar sobre os principais fatores que mais fazem empresas contratarem profissionais, mesmo sem experiência.
Mas por que alguns profissionais inexperientes são chamados para tantas entrevistas?
Por mais que pareça estranho, isso é possível e acontece bastante, principalmente em áreas novas que vêm surgindo no pós-pandemia. Esse cenário nos mostra algumas tendências de aumento dessas ocorrências não somente na área de tecnologia, mas outros setores que são vistos como tradicionais.
Nesse contexto o diferencial mais significativo é de profissionais com conhecimentos técnicos específicos sobre áreas que poucos conhecem. Isso os torna disputados, mesmo que nunca tenham tido a experiência em si. A fórmula é simples: Mercado Precisa X Pouca Mão de Obra = contratação com foco em conhecimento teóricos e menos práticos.
É possível destacar alguma dessas áreas:
– Desenvolvimento e programação: computadores, máquinas e robótica são os três pilares que movem essa categoria. Com salários inicias de até R$ 6 mil, ainda é uma área com pouco profissionais formados. Devido o baixo índice de oferta de capital humano, as empresas acabam tendo que contratar pessoas sem experiência, desde que tenha o conhecimento técnico e reconhecimento educacional para a atuar na área. Esse pode ser um bom caminho de migração para quem está em uma área saturada.
– IA – Codificações: uma das áreas mais complexas da Inteligência Artificial, a que vai codificar todo o sistema de interpretações e criação de respostas inteligentes de robôs com base em informações, dados e outras coletas sociais e organizacionais.
– IA – Sistema de Aprendizagem: com o crescimento do ensino EAD em instituições de formação técnica e universitária, esse profissional passou a ser caçado até fora do país. A sua atividade engloba, além da área de tecnologia, também temos a necessidade pedagógica de ensino. Resumidamente, esse tipo de inteligência artificial tende a substituir muitos(as) professores(as) universitários(as). Entretanto, para que isso ocorra de forma eficiente, é necessário que a técnica de ensino seja implementada no robô. Tecnicamente, é a modalidade mais complexa da atualidade.
– Profissionais de Exatas e Humanas, juntas: considerado um tipo de perfil raro, a mistura de conhecimentos de exatas com humanas é fundamental para que se tenha alguma oportunidade, mesmo não tendo experiência em si. Isso ocorre porque muitas empresas buscam profissionais, principalmente, para a área comercial técnica. Vamos a dois exemplos disso para entendermos melhor: engenheiro mecânico com conhecimentos na área comercial e técnico eletrotécnico com conhecimentos em compras.
O que normalmente recrutadores(as) observam em profissionais sem muita experiência?
Fora do contexto técnico e teórico que falei acima, também há fatores comportamentais que são muito valorizados por gestores(as) em todos os setores e que podem gerar contratações sem haver a experiência em si. Nesse aspecto, podemos considerar alguns pontos:
– Profissional com muita vontade: parece clichê, mas é real. Esse é o fator que recrutadores(as) mais falam que é difícil encontrar. A falta desse comportamento é percebido já na entrevista, reações, respostas e posicionamentos em geral durante a comunicação. Mesmo que o(a) profissional seja tecnicamente preparado(a), esse é um ponto que gera desclassificação no ato. Por haver escassez desse perfil, muitas empresas preferem contratar pessoas que possuem essa característica, mesmo que seja necessário treinar e desenvolvimento.
– Profissional que não espera ser mandado: desde a escola, somos condicionados a cumprirmos metas. Isso acabou criando um conceito que sempre temos que ser mandados por alguém para podermos fazer alguma atividade. É raro o tipo de perfil profissional de pessoas que fazem sem que uma ordem seja dada. Normalmente, esperam para poderem fazer. Quem age fora disso com a iniciativa de fazer antes de ser mandado(a), tende a ter mais oportunidades do que os outros. Essa característica é observada na primeira entrevista ou testes aplicados, dependendo do método que a empresa adota.
O networking – rede de contatos – pode ajudar com isso?
Sem dúvida. Indicação sempre é um caminho a ser seguido com maior segurança do que envios de currículos de forma aleatória. Pais, avós, tios, primos, conhecidos e amigos são pessoas que tendem a ter contatos e esses mesmos contatos podem gerar oportunidades. Sendo assim, pedir indicações de dentro da Família, é fundamental para alcançar a primeira oportunidade.
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Especialista em Soluções de Recolocação Profissional.
Sobre o autor
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.
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