Nesse artigo, vamos falar sobre todos esses aspectos para que estejamos preparados para quando o grande boom vier.
Você já ouviu falarem que o Marketing Digital é o futuro do mundo? Humrum… e se eu lhe disser que já é um presente, você acredita? É inacreditável a quantidade de negócios que estão transitando do físico para o eletrônico, principalmente nos setores de comércio e serviços. Algumas redes sociais, inclusive, estão surgindo com o foco apenas em negociações comerciais de compras e vendas.
Essa mudança nos leva para um ambiente que as empresas vão economizar mais com a redução de custos com estruturas físicas, principalmente. É evidente que muitas delas não conseguirão transformar integralmente as suas operações para o digital. Uma indústria, por exemplo, sempre precisará de um espaço físico para as montagens e produção de produtos em linhas de fábrica. Mesmo assim, as atividades administrativas tendem a se distanciar do presencial.
O ponto que requer a atenção de nós, profissionais, é como transformaremos a nossa linha de atuação atual para o negócio digital. É possível? Claro que sim, entretanto, alguns fatores são diferentes como a rotina de trabalho, o método aplicado para a execução de algum serviço, os métodos de comunicações com pessoas, colegas, clientes e tantos outros pontos.
Nesse artigo, vamos falar sobre todos esses aspectos para que estejamos preparados para quando o grande boom vier.
Como adaptar minha profissão atual ao modelo de negócio digital
Não é um processo difícil de fazer, entretanto, requer preparação e conhecimento. Antes de tudo, a primeira pergunta que devemos fazer a nós mesmos é…. “Como a tecnologia vai substituir a minha atual profissão?”, ou “A minha profissão pode ser substituída pela tecnologia?”. Esses questionamentos são importantes pelo fato de haver profissões que dificilmente serão automatizadas. A Fisioterapia, por exemplo, é um trabalho que dificilmente será realizado por robôs por se tratar de um assunto muito específico e não padronizado, havendo a demanda individual de cada paciente. Por outro lado, há muitas profissões que se transformarão e passarão a existir integralmente no viés tecnológico.
Eu que trabalho na área de Administração, por exemplo, há alguns anos comecei a perceber que os softwares já estavam substituindo os trabalhos de consultorias para reestruturações organizacionais que eu fazia. Em 03 meses, já estava em outro segmento de mercado, o RH, completamente diferente do que fazia focado em finanças e controle administrativo. Essa mudança é necessária, senão seremos atropelados pela evolução do mundo.
Dentro desse contexto, também temos funções que não serão substituídas, mas sim transformadas. O garçom, por exemplo, poderá ser o atendente do aplicativo de pedidos de comida através de restaurantes. Ou poderá ser o atendente entregador dos produtos.
Vamos a outro exemplo prático? Um profissional de Marketing, por exemplo, terá que mudar o contexto de trabalho físico para o digital, que requer um sistema de comunicação mais apurado, um mecanismo de observação de público diferente do que era feito antes. A essência sempre será a mesma, entretanto, com uma engrenagem diferente de operação, pois no digital as pessoas estão mais soltas do que o presencial. Até mesmo para prender a atenção do público, é mais difícil.
Os métodos de trabalho serão os mesmos?
Os procedimentos operacionais de cada tipo de profissão sempre serão os mesmos em sua essência geral, porém, há um fator crítico no meio de tudo isso: a comunicação, que presencialmente pode ser feita de maneira mais fácil. No digital, a oferta de produtos e serviços é grande e isso faz com os clientes fiquem menos fiéis e podemos perdê-los em um único segundo.
Além disso, há situações como a venda de roupas, por exemplo, que não haverá a possibilidade de demonstrações e experimentos. Sendo assim, para quem trabalha nesse setor, precisará colocar todas as medidas na peça no anúncio comercial. Esse exemplo serve para todos os tipos de produtos que culturalmente os clientes experimentam.
Quais cautelas devemos ter nesse novo formato de mercado?
A maior incidência no meio digital é a inadimplência. É um problema que vem sido relatado por muitos vendedores de produtos e serviços digitais. Entretanto, há outros fatores que devemos considerar:
– Inadimplências: considerando o alto índice de inadimplências e clientes que compram e somem, o ideal é que os pagamentos sejam direcionados para o cartão de crédito, que fica registrado e não depende de um depósito ou transferência, que muitas vezes podem ser prometidos e não cumpridos.
– Cópias de serviços entregues: esse é um risco que qualquer prestador de serviço corre e que é difícil de controlar num mar de informações chamado internet. Normalmente profissionais que surgem de forma genética podem copiar o seu tipo de serviço, entretanto, nem sempre terá a mesma técnica de eficiência que você tem. Então, é fundamental investir em uma técnica que ninguém saberá. Dessa forma, mesmo com cópias, estaremos na frente.
As oportunidades e mudanças que esse mercado vai gerar
A maior tendência de mercado é que os trabalhos CLT deixem de existir com o tempo pelo fato de muitos profissionais estarem descobrindo que como trabalhadores autônomos ou liberais se tem mais lucro do que com registro em carteira. Por outro lado, muitas empresas vão contratar diretamente com registros.
A maioria dos profissionais idealiza o meio digital como um espaço que demanda profissionais de desenvolvimento, programação e sistemas de automação, mas o campo é mais amplo do que isso. Depois dos recursos tecnológicos estarem prontos, haverá a necessidade de alguém operá-los e esse trabalho normalmente é manual.
Flávio Guimarães
É diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.