Como lidar com pessoas difíceis no ambiente de trabalho

Nesse artigo vou tratar sobre como conviver com pessoas que possuem a natureza de comportamento difícil, como lidar e como envolvê-las no dia a dia sem que haja confusões.

Conviver com pessoas é um fator muito difícil, seja no trabalho, na escola, na faculdade ou até mesmo dentro do próprio lar. Mesmo que as diferenças sejam normais, cada um com suas crenças, críticas e ideologias pessoais, precisamos levar essa normalidade para o dia a dia organizacional. 

Sendo assim, quando uma das partes não consegue conviver bem com essas diferenças, o ambiente se torna hostil, tóxico e problemático, criando um grande desafio no ambiente de trabalho. Por outro lado, há pessoas que são difíceis por natureza, sem haver o fator de diferença de pensamentos para estimular isso. É sobre eles que vou falar.

Nesse artigo vou tratar sobre como conviver com pessoas que possuem a natureza de comportamento difícil, como lidar e como envolvê-las no dia a dia sem que haja confusões.

Foto: Mohamed Hassan/Pixabay

Dá para mudar essas pessoas? 

Não. A pessoa só muda se quiser. Por mais que ela receba centenas de conselhos e exposições de pontos não muito positivos em seu comportamento, a mudança só virá por escolha própria. Por mais que tenhamos a ideia de mudar as coisas ao nosso redor, a realidade é que nem sempre vamos conseguir na prática.

No caso de haver a tentativa de mudar um mau comportamento que influencia o ambiente de trabalho, o ideal é que essa iniciativa venha do setor de RH, que tem preparo técnico e acadêmico para esse tipo de situação.

A partida de confronto pessoal sobre assunto não é o ideal. A tendência é que se cria mais conflitos que podem resultar na demissão das duas partes. Em alguns casos, pode acabar até mesmo nas vias de fato.

Devo evitar contato?

Numa visão geral, sim, entretanto, é quase impossível não ter interação na convivência no ambiente de trabalho, principalmente se a pessoa for do mesmo setor. Nesse caso, evitar o contato não é o ideal, podendo haver cumprimentos pontuais, sem muita proximidade ou intimidade. Dessa forma, manteremos o distanciamento necessário para que essa pessoa não nos influencie de alguma forma a ponto de termos alguma reação negativa.

Na administração do ego humano, podemos usar bons gatilhos como “Pela sua experiência, o que acha de fazermos assim…….?”, ou “Pelos conhecimentos que possui, o que nos sugere a fazer?”.

Agradar ou adular a pessoa pode ser uma boa alternativa?

De forma alguma. Veja…. há diferença entre incluir a pessoa no grupo através do massageamento do ego, entretanto, adular é outro fator. Quando se adula alguém, estimula-se o sentimento de poder e posse. Isso cria condições de tentativa de domínio total da pessoa. Para o ambiente organizacional, isso pode ser péssimo, afinal, ela pode se encher de poder interno e se achar melhor que todos.

Alguns exemplos de agrados ou adulação:

– dar presentes de forma contínua
– colocar a pessoa em situação privilegiada perante as outras
– elogiar sem a necessidade efetiva disso.

E similares.

E quando houver uma discussão em grupo e a pessoa estiver presente?

A melhor alternativa para esse tipo de situação é envolver a pessoa em questão através de perguntas de opiniões. Isso vai fazer ela se sentir valorizada e integrada ao grupo, o que pode amenizar o seu teor crítico e tóxico. Se isso não ocorrer, o ideal é não envolver mais a pessoa no assunto em si, afinal, a tendência de conflitos e desentendimento pode ser real.

Em muitos setores, essa pessoa pode ser parte integrante, o que impossibilitaria tirar ela do assunto. Nesse caso específico, o ideal é tentar amenizar, ao máximo possível, os fatores estimulantes de estresse. De qualquer forma, teremos que conviver com ela.

E se eu precisar apontar um erro dela?

Esse é o ponto mais crítico de convivência com pessoas difíceis de lidar. Em muitos momentos, pode haver questões a serem corrigidas em alguma atividade realizada no trabalho, entretanto, apontar isso para elas parece uma causa quase impossível. Mas é possível sim, através de abordagens camufladas. Vamos a um exemplo prático disso?

Exemplo 1:

– Você errou fazendo isso. Precisa ser corrigido.

Exemplo 2:

– O que acha se mudarmos essa atividade que fez, adaptando dessa ou daquela forma?”.

Qual exemplo soa melhor aos ouvidos?

A cautela que precisamos ter, ao conviver com pessoas assim, é que, normalmente, elas encaram tudo como ofensa, perseguição ou ataque. Logo, o sistema de diálogo precisa ser diferente do que normalmente costuma ser.

Sobre o autor

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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