Nesse artigo vou falar sobre a evolução tecnológica em nosso dia-a-dia, alinhado com o fator empregabilidade e mercado de trabalho, e como isso pode ser adaptado às nossas funções.
Desde 2000, quando entramos na rota direta da tecnologia pelo surgimento da internet de maneira mais intensa, vivemos mudanças significativas em todos os modelos de negócios e, por consequência, nas profissões. Por mais que isso nos assuste de certa forma, a tecnologia não é mais o futuro, mas sim o presente, estando incluída em todo e qualquer tipo de profissão, desde o desenvolvimento direto de um software até a função de entregador de água, que já usa novos recursos bancários para recebimentos, whatsapp, gps para entregas, controle de informações e outros meios.
Com a pandemia do Covid-19, vimos isso de forma mais clara através de funções que começaram a ser exercidas em home-office e as empresas que transformaram os seus modelos para o digital. A questão é…. será que estamos preparados para mergulhar mais fundo nessa nova realidade?
Muitos profissionais alegam que suas funções são tradicionais, como a de operador(a) de produção, por exemplo, e que por isso não precisam efetivamente se alinharem à tecnologia. O ponto-chave disso é entendermos o contexto de que até o mesmo o chão de fábrica já começou a usar meios de controle de produção que envolvem a tecnologia, cronoanálises e monitoramento de níveis de produtividade por células.
Nesse artigo vou falar sobre a evolução tecnológica em nosso dia-a-dia, alinhado com o fator empregabilidade e mercado de trabalho, e como isso pode ser adaptado às nossas funções.
FUNÇÕES MAIS TRADICIONAIS
Por mais que tenhamos a ideia de que as funções mais convencionais não vão sofrer mudanças vindas da tecnologia, o contexto nos mostra que vão. A área de produção, principalmente a manufatura, pode não ter o trabalho braçal substituído por máquinas, entretanto, os métodos de controles operacionais vão se modificar no decorrer do tempo. Para quem atua nesse segmento, pode ser interessante começar a estudar alternativas tecnológicas que podem simplificar processos, enxugar operações e reduzir custos. É isso que as empresas querem.
Com a velocidade que vivemos atualmente, as empresas buscam, a cada dia, novos métodos para atuarem, eliminando gargalos que surgem em cada novo tipo de operação. Dificilmente alguma atividade empresarial será perfeita. Dessa forma, sempre haverá demanda tecnológica para resolver problemas. Como podemos levar essas soluções para as empresas que trabalhamos? Achar essa “fórmula” pode nos render boas promoções e até mesmo convites para novas e melhores oportunidades.
FUNÇÕES QUE ESTÃO SENDO SUBSTUÍDAS PELA TECNOLOGIA
Você já foi em lugares que antes tinham caixas com pessoas trabalhando e agora somente totens para pagamentos? Ou em um supermercado que começou a instalar máquinas para pagamentos em compras de menor porte? Esses são dois de muitos exemplos que ainda vão ocorrer nos próximos anos. A tendência é que muitas funções deixem de existir. Entretanto, por outro lado, muitas surgirão como desenvolvedores, técnicos e programadores desses mesmos equipamentos. De um lado, algumas acabam. De outro, algumas surgem, e muitas vezes as empresas procuram profissionais para preencher as vagas, mas não conseguem achar profissionais suficientes para a demanda. Será que esse não é o momento para começarmos a pensar que nós podemos estar incluídos nessas novas funções que surgem? Se de um lado a nossa função está saturada e com muitos concorrentes em processos seletivos, outras estão com falta de profissionais no mercado. Será que não é momento da virada da chave?
E PARA QUEM TRABALHA COM VENDAS DE PRODUTOS?
Muitos negócios, principalmente os de portes menores, quebraram nesse tempo da pandemia, sem que se adaptassem à tecnologia como forma de venda. Baixa circulação física de pessoas significa baixa de faturamento, que significa o sangramento ou quebra do negócio. Alguns empreendedores(as) conseguiram se ajustar a tempo, criando mecanismos de divulgações, promoções comerciais e vendas diretas através de mídias digitais. Com isso, reduziram custos operacionais, com aluguéis de pontos comerciais, energia elétrica e outros.
Para transformar uma venda física em digital não é somente divulgações dos produtos com fotos ou vídeos. Requer um novo formato de ofertas, como registros de clientes usando o produto, dando um testemunho ou certificando que o que foi comprado tem qualidade, gera satisfação e agrega valor. Esse novo mecanismo de divulgações é o que mais tem gerado resultados financeiros para as empresas que migraram para o digital. Considerando a as redes sociais, principalmente, criam desconfiança no público-alvo por receio de golpes, os testemunhos de clientes atendidos são fundamentais.
FUNÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARES E SIMILARES
Mesmo os(as) profissionais que já estão diretamente ligados à tecnologia, precisam correr contra o tempo com todas as mudanças que vivenciamos todos os dias. Podemos criar um software hoje, que amanhã pode requerer outra demanda e recursos de usabilidade. A partir do momento que conseguimos identificar essas demandas de forma antecipada, estaremos na frente de muitos outros profissionais ou empresas, caso o(a) profissional tenha um negócio próprio. E como fazer isso?
Tudo que vivemos hoje em dia gira em torno de informações que podem ser captadas através de pesquisas, principalmente. A pesquisa de satisfação de um cliente ou usuários internos, as análises das informações colhidas para verificações de possibilidades de melhorias contínuas, o acompanhamento mais apurado de processos empresariais, são alguns dos fatores que nos ajudam a entender as mudanças.
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular