Como conseguir o primeiro emprego em tempo de crise

Nesse artigo vamos abordar sobre como superar os obstáculos em época de crise e conseguir alcançar o objetivo de conquistar o primeiro emprego e entrar no mercado de trabalho

O período de crise que estamos vivendo desde o crescimento de desemprego a partir de 2015 trouxe muitas baixas para a sociedade de uma forma geral. Isso gerou outras demandas específicas como a que temos visto aumentar a cada dia: a busca de empregos por parte de pessoas mais jovens, como uma forma de ajudar o orçamento familiar após alguém de sua casa ter sido demitido(a) nesse período. Com o caos do Covid-19, essa busca triplicou proporcionalmente em todas as regiões do país. Entre essas buscas estão vagas para o Primeiro Emprego, Estágios e Jovens Aprendizes.

Antes de começarmos a falar sobre o assunto em si, é importante destacarmos que o Programa Jovem Aprendiz é de 14 a 24 anos de idade, e não até os 18 anos.

Nesse artigo, vou falar sobre como o(a) profissional que busca essa primeira oportunidade pode agir para alcançar o seu objetivo.

Foto: Look Studio / Freepik

 COMO COMPENSAR A FALTA DE EXPERIÊNCIA

Como ter experiência se ninguém dá a oportunidade para isso? Essa é uma pergunta que você já deve ter ouvido de muitas pessoas. Para vencermos esse paradigma medieval na forma de pensar sobre os padrões de processos seletivos, podemos criar estratégias para que possamos compensar com base em habilidades naturais, adquiridas em estudos ou similares:

Para quem nunca trabalhou: para quem está no ensino médio, por exemplo, ou sem estudar, o ideal é que se faça um estudo de todas as habilidades comportamentais existentes em si próprio. Com isso, vamos criar a lista de talentos.

Exemplo 1: Se o João Flávio tem habilidade em comunicação/fala, ele pode destacar isso em seu currículo para vagas de vendas, atendimento, relacionamento com o cliente ou áreas afins.

Exemplo 2: Se a Isabella tem habilidade em desenhos, ela pode destacar isso no currículo para vagas em empresas de desenhos industriais, manutenções industriais, projetos de obras e similares.

Exemplo 3: Se o Matheus tem habilidade em economizar e ter planejamento para guardar dinheiro, ele pode destacar isso para vagas em setores como financeiro, auditoria ou projetos.

Se algum desses exemplos não cabe para a sua realidade, pode usá-los para tentar identificar os seus pontos próprios. Como a habilidade que tem pode contribuir para alguma função? É nesse caminho.

Para quem estuda técnico ou superior: para quem está estudando já fora da escola convencional de fundamental e médio, também há uma estratégia interessante. Vamos a mais exemplos práticos?

Exemplo 1: se a Joana cursa Engenharia Civil e busca um primeiro emprego na área, é importante que ela analise quais disciplinas, dentro do curso, que mais possui habilidade ou que gosta de lidar. No currículo, no item “Síntese de Qualificações”, ao invés de descrever as experiências que ainda não possui, pode inserir todas essas disciplinas como habilidades ou conhecimentos.

Exemplo 2: se o Cássio cursa Direito, é importante identificar com o que mais lida bem, se com a defesa, se com investigações, se com acusações ou outro tema. Diante isso, também pode compensar a falta de experiência em si.

Exemplo 3: Se a Lorena estuda Psicologia, precisa saber sobre o que mais tem facilidade: se o atendimento clínico, se o organizacional, se o de trânsito e assim por diante. De acordo com essa identificação, ela vai levantar os pontos, dentro do assunto, que pode atuar no dia-a-dia de uma organização.

Foto: Look Studio / Freepik

 A QUEM RECORRER/PROCURAR

O IEL e CIEE são as instituições que atuam com o foco em primeiro emprego, estágio e jovens aprendizes. De lá, saem os(as) profissionais para as empresas. Além disso, é interessante participar de projetos ou cursos, sendo gratuitos ou não. Com isso, haverá uma boa aproximação com os gestores que podem fazer os encaminhamentos profissionais. Dessa forma, aumenta a possibilidade de entrada no mercado de trabalho.

Mesmo assim, não devemos esquecer as pessoas que estão ao nosso redor. Algumas pesquisas dizem que cada pessoa convive diariamente com, pelo menos, 5 pessoas. Se a nossa Família, por exemplo, tem 40 pessoas, estamos falando que cada uma delas conhece outras 5. 40 X 5 = 200 pessoas. Se 10% dessas 200 pessoas estiverem empregadas, são 20 novas oportunidades que podemos ter através de contatos com os nossos próprios familiares.

O QUE AS EMPRESAS QUEREM VER EM PROFISSIONAIS DE PRIMEIRO EMPREGO

O item que mais desclassifica profissionais mais jovens nas entrevistas é a falta de planos profissionais de médio e longo prazo. Com uma geração imediatista, qualquer eu também pertenço, há mais preocupação com o salário do que com a possibilidade de desenvolvimento profissional próprio.

Considerando isso, é fundamental que o(a) profissional faça essa demonstração. Além disso, como quer ajudar a empresa em seus gargalos rotineiros. É isso que vai fazer com que o(a) líder imediato(a) olhe como uma pessoa que dará apoio total a ele(a). A tendência de efetivação aumenta significativamente.



E então? Vamos para a prática?????

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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