Defesa agropecuária retoma o direito na justiça de realizar eutanásia em cavalos infectados por mormo

O mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos

A Agência de Defesa agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec) conseguiu nessa sexta-feira (29), autorização da justiça para proceder com a eutanásia de um cavalo diagnosticado com mormo, em uma propriedade rural, no município de Nova Olinda, localizado na região norte do Estado. 

O proprietário havia recorrido à justiça para impedir a ação. Porém, a Agência solicitou ao juiz e teve o pedido acatado para execução das ações de controle da doença e saneamento do foco diante do resultado positivo em quatro exames, sendo dois pelo método Elisa e dois pelo método Western Bloting.

A eutanásia do equino foi realizada neste sábado (30). A equipe utilizou o fármaco T-61, que induz a morte de forma rápida, sem dor e com mínimo de estresse.

A eutanásia do animal positivo segue protocolo sanitário obrigatório exigido pelo Ministério da Agricultura. Foto: Divulgação

A sentença proferida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Araguaína, Álvaro Nascimento Cunha, mediante o pedido da instituição diz: “Diante do comunicado de uma agência idônea, como a Adapec, de existirem em relação ao cavalo quatro exames positivos para mormo, não há como colocar em risco vidas humanas. Possibilitar viver esse animal por mais tempo é criar significativa ameaça a todos que estão ao seu redor, bem como a quaisquer outros animais do aras e da redondeza”, declarou.

O presidente da Adapec, Paulo Lima, disse que a decisão vem de encontro com o objetivo da instituição, que é preservar a sanidade do plantel de equídeos do Estado, bem como a saúde pública por se tratar de uma doença que pode ser transmissível para o ser humano. “Todos os protocolos sanitários realizados pelo órgão em relação ao mormo seguem exigências do Ministério da Agricultura e vão de acordo com as legislações estadual e federal”, ressalta.

O gerente de sanidade animal da Adapec, Sergio Liocádio, explica que o proprietário foi bem orientado e colaborou com a equipe para a finalização do processo. “A doença não tem cura e nem vacina, por isso, os procedimentos para contenção da enfermidade devem ser rápidos. Temos um trabalho grandioso, que vai desde o saneamento das propriedades, colheita de materiais dos cavalos suspeitos e de todos os vínculos, entre outras atividades”, disse, acrescentando que a decisão é uma vitória do trabalho sério executado pela instituição.

Sérgio Liocádio explica ainda que quando um animal é suspeito de mormo, o primeiro passo é isolá-lo e só depois da confirmação do segundo exame, realizado pelo método Western Bloting em laboratório oficial, que é efetuado a eutanásia.

Mormo

O mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares). Neles, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática) na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.

Sugestão de legenda: A eutanásia do animal positivo segue protocolo sanitário obrigatório exigido pelo Ministério da Agricultura

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