Mistério da Serra de Pacaraima: a ladeira que desce pra cima

Estaria o famoso físico Isaac Newton errado ao propor as três leis fundamentais da física clássica? Entenda o que são as ladeiras gravitacionais.

Imagine a seguinte situação: na ladeira de uma estrada um carro em posição de descida, em ponto morto, ao invés de descer, sobe. É exatamente isso que acontece próximo à Serra de Pacaraima, em Roraima. Ou quase.

Estaria o famoso cientista Isaac Newton errado ao propor as três leis fundamentais da física clássica? Como é possível um carro desligado subir uma ladeira de ré?

Existem mistérios na humanidade que nos fazem refletir se os conhecimentos adquiridos até agora estão corretos. Mas o Portal Amazônia detalha esse fenômeno e mostra o porquê dele ocorrer. Confira:

A Serra

A Serra de Pacaraima consiste em uma formação de relevo localizada em Roraima, na fronteira entre Brasil e Venezuela. Vale ressaltar que é neste local também o ponto mais ao Norte do país, o Monte Caburaí – que ao contrário do que se pensa, não é o Oiapoque, no Amapá.

Leia também: “Do Caburaí ao Chuí”: conheça o verdadeiro extremo norte do Brasil

Foto Desviantes/Reprodução

 O fenômeno

O fenômeno que ocorre na Serra da Pacaraima, acontece também em outros lugares do Brasil e do mundo. Estaria correto, então, dizer que o carro “desce para cima”?

E as teorias são diversas: que o lugar possui um magnetismo muito grande, que há uma grande quantidade de energia no local e até conspirações envolvendo espíritos e alienígenas. 

Mas a verdade é que a explicação é mais simples do que parece – e o físico estava certo: são apenas ladeiras gravitacionais.

Ladeira gravitacional registrada em Aryshire, na Escócia. Imagem: Reprodução/SCI

Ladeiras gravitacionais

O fato é que não há nenhuma força estranha agindo. Os objetos, sejam eles carros, bolas ou até água, não “sobem” como se vê, eles descem. Nenhuma lei da física é ‘burlada’. A explicação é que por conta do entorno onde essas vias estão localizadas e que causam a impressão de que as coisas acontecem ao contrário por ali. 

Em poucas palavras, trata-se de uma ilusão de ótica incrivelmente convincente associada com a perspectiva e as referências visuais do local.

Em resumo, por não haver um referencial do horizonte, o terreno onde a ladeira está localizada se encontra inclinado de uma maneira que causa a sensação de que se está diante de um aclive quando, na verdade, é um declive.

Além disso, para reforçar a ideia de estar descendo em um sentido que seria contra as leis da física, as planícies nas imediações da “rua gravitacional” reforçam a ilusão de que a inclinação do terreno é diferente da real.

Se, de longe, a área pudesse ser vista de um plano horizontal, seria claro perceber que se trata de uma descida.

Confira um dos registros: 

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