Famosa por suas riquezas culturais e naturais, a Amazônia sempre atraiu a atenção mundo afora
Famosa por suas riquezas culturais e naturais, a Amazônia sempre atraiu a atenção mundo afora. Prova disso é que a região sempre teve fluxos migratórios bem definidos e diversos.
Anualmente, o Departamento de Migrações do Ministério da Justiça divulga os dados de migrações em todo o país. Em 2020, todos os estados registraram queda nos índices de migração, principalmente em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mesmo assim, os estados da região concentraram, em 2020, cerca de 20% do fluxo migratório nacional.
Confira os principais fluxos migratórios na Amazônia:
Venezuela
O principal país de origem dos migrantes que chegaram à Amazônia foi a Venezuela. Mais de 85% dos venezuelanos que chegaram ao Brasil iniciaram seu fluxo migratório no município de Pacaraima, em Roraima. O município roraimense foi a oitava principal porta de entrada migratória no país.
Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 58 mil pessoas chegaram à Roraima vindas do país vizinho apenas no ano passado. Além de Roraima, os migrantes venezuelanos chegaram ao Brasil pelo Amazonas.
Japão
Outra nacionalidade muito presente na Amazônia é a japonesa, principalmente no Amapá e Amazonas. A presença dos japoneses na região, na verdade, é histórica e remonta ao início do século XX e se intensificou com a Zona Franca de Manaus.
Uma das maiores contribuições da comunidade japonesa está na agricultura, com forte contribuição para o plantio da juta e da pimenta-do-reino na Amazônia. Estima-se que a população japonesa seja superior a 100 mil pessoas apenas no Amazonas.
Haiti
Outro grupo com grande representatividade na Amazônia são os haitianos, principalmente após o terremoto que atingiu e devastou o país em 2010. Neste período, estima-se que quase 11 mil pessoas migraram para o Brasil e passaram por Manaus.
A principal porta de entrada dos migrantes haitianos no Brasil é o município de Assis Brasil, no Acre. O município faz parte da tríplice fronteira, entre Brasil, Peru e Colômbia.
Cuba
Incentivada pelo programa Mais Médicos para o Brasil, a migração de profissionais cubanos para o Brasil se intensificou na última década, principalmente na região amazônica, que enfrenta vários problemas na estruturação do sistema público de saúde.
Entre 2018 e o início da pandemia, em março de 2020, estima-se que mais de 30 mil cubanos entraram no Brasil, principalmente pelo Acre e por Roraima.