Artista terá vídeos recitando quatro poemas de sua autoria no palco “Nave”, dedicado para atrações amazônicas no evento. Vídeos serão exibidos no dia 8 de setembro.
Roraima será representada na “cidade do rock”, no Rock In Rio 2022. O poeta e músico Eliakin Rufino, um dos grandes nomes da arte no Estado e um dos fundadores do movimento “Roraimeira”, participará do evento com vídeos recitando poemas de sua autoria em um palco especial para Amazônia, o “Nave”. A exibição ocorrerá no dia 8 de setembro.
O artista dividirá espaço com outros poetas da Amazônia. No palco, se apresentam artistas do Norte como Fafá de Belém; a ex-Gang do Eletro, Keila; Aíla, a rapper Nic Dias; DJs da aparelhagem Crocodilo e também exibição de filmes e artes plásticas. Eliakin afirma que participar do evento é “uma grande vitória”.
“Pela primeira vez, essa edição do Rock In Rio vai ter um espaço especialmente para a Amazônia e essa é uma grande vitória nossa, uma vitória para quem vive aqui. O palco terá muitos artistas dessa parte do Brasil”, declara o artista.
Eliakin gravou quatro poemas com produtores de audiovisual roraimenses. Ele dá o spoiler de quais poemas serão recitados: “Brasil profundo”, “Vela na cuia”, “Tudo vem da água” e “Todo mundo nasce artista”.
“Eu gravei os poemas em vídeo com alta qualidade com profissionais daqui, que eu indiquei e contratado pela produção do Rock In Rio, então é uma geração de recursos para o profissionais roraimenses. Eu vou aparecer em um telão nesse espaço amazônico, intercalado com os shows musicais”, explica o artista. “Além da música e da poesia, o palco vai ter cinema, artes visuais… tem tudo. É a Amazônia toda no Rock In Rio!”, completa.
Nas redes sociais, o artista anunciou a participação no festival e comemorou destacando a tatuagem no punho, onde diz “amor”. “A Amazônia contemporânea vai transbordar na Cidade do Rock! Tenho orgulho de anunciar que faço parte do line up que vai compor a NAVE”, escreveu.
Ele explica que houve um trabalho de curadoria em todos os Estados da Amazônia e, por isso, seu nome foi escolhido para representar Roraima: “Houve uma curadoria. É a Roberta Carvalho que é a produtora, a Aíla também é da curadoria, elas sabiam quem selecionar, quem convidar para ser representativo… Embora elas saibam que eu faço música, a Aíla já gravou música minha, elas queriam a minha participação como poeta e é por isso que eu estou só como poeta”.
Para Eliakin, a sensação de estar representando o Estado que tanto homenageou sua arte em um evento como Rock In Rio é algo “incrível”. “Representar Roraima nesse evento, para mim, é uma alegria imensa! A gente sempre ouve falar do Rock In Rio, uma coisa que parece tão distante… Agora pela primeira vez a Amazônia presente e eu sendo um desses artistas. Para mim é alegria, prazer e honra”, comemora.
Nave Amazônica
Do brega, eletrônica, música indígena, ao rap urbano. Uma estrutura em forma de “barco aparelhagem” vai proporcionar uma experiência imersiva envolvendo arte, música, vídeo, performance, e até cheiros, da cultura nortista durante o festival.
Os artistas vão estrelar shows inéditos em uma mega estrutura montada para o festival: a Nave, uma criação em parceria do festival e a Natura. No barco, que simboliza os rios da Amazônia como elemento da região, o público também vai conferir remixes unindo músicas internacionais que deram origem a adaptações em versões em português no brega e tecnobrega paraense.
Serão cinco shows inéditos de 12 artistas da Amazônia, muitos deles do Pará. Um dos destaques é a cultura das festas dançantes de aparelhagem, que já estrelou até em clipe de Anitta, em “No Chão Novinha”. O lineup completo da Nave ainda deve ser anunciado na próxima semana.
*Por Caíque Rodrigues, do g1 Roraima