Marcos Barroso é dono de dois barcos que fazem o passeio pelo rio Madeira, reconhecido, em 2023, como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município.
“Veio de família, passou de pai para filho. O meu pai é pioneiro aqui nesse rio, ele começou a fazer esses passeios de barco há 33 anos”
disse Marcos.
Os barcos Aparecida I e II também são da família de Marcos, composta por seis irmãos e todos são habilitados a pilotar as embarcações.
“Isso aqui é a minha vida, meu trabalho. Eu sou o único que continua fazendo esse passeio e faço pelo meu pai também, que começou essa história”
contou o presidente da Associação dos Empreendedores de Barco de Turismo.
O passeio dura cerca de uma hora e é cercado por paisagens maravilhosas. Durante o passeio é possível degustar a culinária tradicional de Rondônia e escutar música ao vivo.
O barco precisa ter uma lotação mínima de 20 pessoas para iniciar o trajeto e geralmente parte pelo final da tarde durante os dias de semana. O trajeto é contemplado com vistas incríveis do rio Madeira e do pôr do sol conhecido na região.
Uma rondoniense, moradora de Porto Velho, revelou nunca ter participado do passeio e relatou como foi a sensação de navegar pelo rio.
“Achei a coisa mais linda, não tinha tido a oportunidade de vir no passeio antes e está sendo uma delícia, já agradeci muito a Deus por essa oportunidade”
avaliou Nelma Oliveira, de 68 anos.
Outra passageira, que gostou bastante do passeio, foi a Ana Carolina Pimentel, de 29 anos. Natural do Rio Grande do Norte, ela mora em Portugal há 15 anos e veio para Porto Velho encontrar a namorada.
“A minha mãe morou aqui na década de 80 e eu sempre ouvi ela contar sobre essa experiência. O passeio é maravilhoso, principalmente pelo contato com a natureza, é muito incrível, uma experiência única e super tranquila, me traz uma calmaria”
disse Ana.
O passeio acontece há muitos anos e em 2023, foi reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município. A professora aposentada do departamento de História da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Vandira da Silva, explicou a importância dessa medida.
“O passeio é maravilhoso, estou fascinada em fazer esse passeio novamente depois de muitos anos. E ele deve ser zelado, para que não acabe. Isso faz parte da nossa história, de quem nós somos”
avaliou a professora.
Por Mylla Pereira, g1 RO*