Grupo de pesquisa produz cartilhas sobre os sabores e patrimônios culturais da Amazônia

Cartilha resgata as tradições e cultura das populações indígenas e quilombolas de Bragança, nordeste do Pará

O resgate das tradições e da cultura das populações indígenas e quilombolas da região de Bragança, nordeste do Pará, é o principal foco da Série Sabores e Patrimônios Culturais da Amazônia, pelo Grupo de Pesquisas Interculturais Pará-Maranhão (Geipam), da Faculdade de História, do Campus Bragança da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Foram publicadas 1.000 cartilhas, com os títulos: Karuwar é espírito – os saberes Tenetehar-Tembé , Nessa comunidade que se chama Itamoari – saberes e práticas, e Nossas raízes – ervas medicinais e territorialidade Tembé.

“A entrega dessas obras nos deixa orgulhosos por reforçar o nosso apoio à produção acadêmica e científica, tornando-as mais acessíveis ao público em geral. Além disso, a divulgação do trabalho e da cultura dos povos tradicionais também faz parte de nossa política pública de atuação, seja da Ioepa, seja do governo do estado”, observou o titular da Imprensa Oficial, Jorge Panzera.

Foto: Divulgação

Moisés Alves, da editora da Ioepa, comentou o orgulho em editar a publicação do Geipam. “Sentimo-nos honrados em fazer essa parceria com a Faculdade de História – Campus de Bragança, publicando este trabalho, que tem uma grande importância para a sociedade paraense, resgatando a história dos costumes, saberes e práticas de populações originárias e tradicionais. Quando falamos de indígenas e quilombolas, para nós, da Editora da Ioepa, olhamos com um foco de prioridade esse resgate do patrimônio cultural paraense e da Amazônia”, opinou Moisés Alves.

A professora Vanderlúcia da Silva Ponte contou que as cartilhas foram surgindo de demandas, angústias e lugares de falas do conjunto de aldeias do município bragantino (Sede, Ytuaçu, Piuno’á e Ypuidõ), do quilombo Itamoari e da associação Agitasy.

“Tudo começou com os velhos índios que se sentiram desprezados com a chegada dos remédios, médicos e enfermeiros. Eles sentiam que seu conhecimento ancestral ia se perder. A cartilha Nossas raízes faz esse apanhado de conhecimento de erveiras e pajés sobre esse assunto. As outras duas obras também seguem o mesmo princípio de preservar saberes e tradições”, informou Valderlúcia.

A professora reforçou a importância da preservação cultural e o impacto na educação que as obras vão causar, já que o material será usado nas escolas públicas e indígenas da região bragantina. “Ainda haverá outras cartilhas, sobre outros aspectos da vida, costumes, arte e cultura dos povos tradicionais que o Geipam convive e trabalha”, anunciou Vanderlúcia da Silva Ponte. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

1° do Norte: autor amapaense Gian Danton recebe principal título dos quadrinhos no país

Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.

Leia também

Publicidade