Além de facilitar a localização das pessoas, esses nomes também contam um pouco da história da criação da ‘cidade das mangueiras’.
Cidade Velha, Reduto, Sacramenta e Jurunas. Esses são alguns dos bairros mais importantes de Belém, capital do Pará. Além de facilitar a localização das pessoas, esses nomes também contam um pouco da história da criação da ‘cidade das mangueiras’.
O Portal Amazônia explica o nome de 13 bairros de Belém que foram importantes para a construção da capital paraense. Confira:
Cidade Velha
Parte de Belém onde os portugueses, sob o comando de Francisco Caldeira de Castelo Branco, desembarcaram construindo um forte de madeira e uma capela. A praça de armas (pequena e modesta) era defendida por uma Estacada de Madeira, dentro da qual ficaram os primeiros colonizadores civis e militares. Saindo do forte, os colonos abriram um caminho, que chamaram de rua do Norte, e foram se aventurando na construção de casas para moradia.
Daí surgiu a Cidade, chamada posteriormente de Velha, permanecendo esta denominação até os dias atuais. É a parte colonial que resta da Belém dos séculos XVI e XVIII.
Sacramenta
Antes da abertura do bairro, houve a chamada “rampa da Sacramenta”, lugar tradicional, ligado possivelmente a alguma tradição da terra. Entretantol não se pode afirmar se esta denominação estava traduzindo qualquer sentimento religioso (sacramentado), fosse de juramento, ou de consagração, como ensina Aurélio Buarque de Holanda Ferreira no seu Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa.
Pedreira
Antes da denominação dada a esta área da cidade, era conhecida como Pedreira do Guamá, lugar escolhido pelo general Francisco José de Souza Soares de Andréia para desembarque das forças imperiais que combateram os cabanos. A atual, como primitiva Pedreira, deve o seu nome supostamente, às pedras que existiam em grande escala nas suas imediações. Nenhum motivo histórico nos ocorre para melhor justificar a origem da denominação.
Canudos
Homenagem a presença da força policial do Pará na campanha de Canudos, contra os cangaceiros, quando os paraenses triunfaram e possibilitaram a queda do reduto rebelde.
Guamá
Na Zona Sul, recebe este nome por conta do rio Guamá, que fica situado à margem da área do bairro.
Umarizal
‘Lugar de umari’, onde deveriam frutificar as árvores que caracterizam esta área.
Jurunas
Etnia indígena. Aliás, em todo o bairro que pertence à Zona Sul de Belém, as travessas têm as denominações de outras etnias, tais como: Apinajés, Mundurucus, Timbiras, Pariquis e Tamoios.
Telégrafo
Nome inspirado no telégrafo sem fio, ali instalado. Este bairro teve, antes, a denominação de São João do Bruno.
São Braz
Lembrança do culto que o povo paraense devotava ao santo, cuja procissão saía da igreja das Mercês para a de Nazaré, com grande aparato e devoção.
Batista Campos
Homenagem ao padre Batista Campos, que exerceu vários cargos de importância na vida política do Pará. Foi um dos inspiradores da Cabanagem. Antes, teve a praça o nome de Salvaterra, sobrenome da proprietária do terreno.
Marco
Referente à implantação do Marco da posse da primeira légua patrimonial de Belém. Assinalava o término da extensão da propriedade da terra que lhe fora mandada dar por vontade Régia.
Reduto
Lugar onde foi construído um reduto (pequena praça de guerra, forte) que deu nome ao bairro.
Nazaré
Assim chamado por estar ali edificada a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré. Começou com uma ermida, depois transformada em uma igreja, e agora representada pela famosa basílica.