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Quarta, 24 Abril 2024

Conheça a origem dos nomes de 13 bairros que contam a história de Belém

Cidade Velha, Reduto, Sacramenta e Jurunas. Esses são alguns dos bairros mais importantes de Belém, capital do Pará. Além de facilitar a localização das pessoas, esses nomes também contam um pouco da história da criação da 'cidade das mangueiras'.

O Portal Amazônia explica o nome de 13 bairros de Belém que foram importantes para a construção da capital paraense. Confira:

Cidade Velha

Parte de Belém onde os portugueses, sob o comando de Francisco Caldeira de Castelo Branco, desembarcaram construindo um forte de madeira e uma capela. A praça de armas (pequena e modesta) era defendida por uma Estacada de Madeira, dentro da qual ficaram os primeiros colonizadores civis e militares. Saindo do forte, os colonos abriram um caminho, que chamaram de rua do Norte, e foram se aventurando na construção de casas para moradia.

Daí surgiu a Cidade, chamada posteriormente de Velha, permanecendo esta denominação até os dias atuais. É a parte colonial que resta da Belém dos séculos XVI e XVIII.

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Sacramenta 

Antes da abertura do bairro, houve a chamada "rampa da Sacramenta", lugar tradicional, ligado possivelmente a alguma tradição da terra. Entretantol não se pode afirmar se esta denominação estava traduzindo qualquer sentimento religioso (sacramentado), fosse de juramento, ou de consagração, como ensina Aurélio Buarque de Holanda Ferreira no seu Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa.

Pedreira 

Antes da denominação dada a esta área da cidade, era conhecida como Pedreira do Guamá, lugar escolhido pelo general Francisco José de Souza Soares de Andréia para desembarque das forças imperiais que combateram os cabanos. A atual, como primitiva Pedreira, deve o seu nome supostamente, às pedras que existiam em grande escala nas suas imediações. Nenhum motivo histórico nos ocorre para melhor justificar a origem da denominação.

Canudos 

Homenagem a presença da força policial do Pará na campanha de Canudos, contra os cangaceiros, quando os paraenses triunfaram e possibilitaram a queda do reduto rebelde.

Bairros contam a história de Belém. Foto: Agência Pará

Guamá

Na Zona Sul, recebe este nome por conta do rio Guamá, que fica situado à margem da área do bairro.

Umarizal

'Lugar de umari', onde deveriam frutificar as árvores que caracterizam esta área.

Jurunas

Etnia indígena. Aliás, em todo o bairro que pertence à Zona Sul de Belém, as travessas têm as denominações de outras etnias, tais como: Apinajés, Mundurucus, Timbiras, Pariquis e Tamoios.

Telégrafo

Nome inspirado no telégrafo sem fio, ali instalado. Este bairro teve, antes, a denominação de São João do Bruno.

Monumentos históricos estão escolhados nos bairros de Belém. Foto: Agência Brasil/Reprodução

São Braz

Lembrança do culto que o povo paraense devotava ao santo, cuja procissão saía da igreja das Mercês para a de Nazaré, com grande aparato e devoção. 

Batista Campos

Homenagem ao padre Batista Campos, que exerceu vários cargos de importância na vida política do Pará. Foi um dos inspiradores da Cabanagem. Antes, teve a praça o nome de Salvaterra, sobrenome da proprietária do terreno.

Marco

Referente à implantação do Marco da posse da primeira légua patrimonial de Belém. Assinalava o término da extensão da propriedade da terra que lhe fora mandada dar por vontade Régia.

Reduto

Lugar onde foi construído um reduto (pequena praça de guerra, forte) que deu nome ao bairro.

Nazaré

Assim chamado por estar ali edificada a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré. Começou  com uma ermida, depois transformada em uma igreja, e agora representada pela famosa basílica.  


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Comentários: 1

Eugenio Bittencourt em Terça, 10 Outubro 2023 18:10

Os moradores mais antigos do bairro de Canudos contavam outra história sobre a origem do nome do bairro. Li-a certa vez num jornal do bairro, de feitura artesanal que circulou ali nos anos 1990. Diziam que era uma referência a uma estreita passagem que havia onde onde é a Cipriano Santos, entre o antigo Escovões de São Braz (baixada que começa na esquina do BB) e adentrava direto, em linha quase reta. Como a passagem era estreitíssima, chamavam-na de passagem Canudo. Isso foi mais ou menos na época da abertura da estrada de ferro em 1885. Depois é que colocaram o S, no final. Palavras dos antigos, todos já no Andar de Cima.

Os moradores mais antigos do bairro de Canudos contavam outra história sobre a origem do nome do bairro. Li-a certa vez num jornal do bairro, de feitura artesanal que circulou ali nos anos 1990. Diziam que era uma referência a uma estreita passagem que havia onde onde é a Cipriano Santos, entre o antigo Escovões de São Braz (baixada que começa na esquina do BB) e adentrava direto, em linha quase reta. Como a passagem era estreitíssima, chamavam-na de passagem Canudo. Isso foi mais ou menos na época da abertura da estrada de ferro em 1885. Depois é que colocaram o S, no final. Palavras dos antigos, todos já no Andar de Cima.
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