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Sábado, 27 Abril 2024

7 novas espécies de plantas são encontradas na Amazônia peruana

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Um total de sete novas espécies de plantas do gênero Blakea foram descobertas na Amazônia peruana. Com essa descoberta, o número de espécies do gênero Blakea no Peru chega a 33, algumas delas únicas, conforme informado pelo Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp) em 1° de fevereiro.

Novas espécies encontradas na Amazônia Peruana. Foto: Reprodução/Sernanp
Foi especificado que quatro dessas novas espécies foram encontradas em áreas naturais protegidas nas regiões de Cajamarca, San Martín e Amazonas (região do Peru).

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O Sernanp explicou que o gênero Blakea, da família Melastomataceae, compreende plantas trepadeiras com raízes lenhosas, arbustos e árvores que podem ser terrestres ou epífitas (tipos de plantas que crescem sobre outras usando-as apenas como suporte), distribuídas no Neotrópico.

Revelou-se que, dessas novas descobertas, três (Blakea leoniae, Blakea quinta, Blakea yumi) foram registradas dentro da Reserva Comunal Chayu Nain (Amazonas), uma (B. pavida) no Parque Nacional Cutervo (Cajamarca) e uma (B. leoniae) no Bosque de Proteção Alto Mayo (San Martín). 

Foto: Reproduçaõ/Sernanp
O Sernanp destacou que a espécie B. leoniae é endêmica de florestas pré-montanhosas e montanhosas, no Amazonas e em San Martín, sendo registrada entre 1.000 e 2.000 metros de altitude, enquanto B. quinta e B. yumi são endêmicas de florestas montanhosas, no Amazonas, encontrando-se distribuídas entre 1.800 a 2.160 metros de altitude e 2.010 a 2.160 metros de altitude, respectivamente; e B. pavida é endêmica de florestas montanhosas de grande altitude, no Amazonas e em Cajamarca, entre 2.000 a 2.660 metros de altitude.

Neste sentido, o chefe do Sernanp, José Carlos Nieto, destacou que o desenvolvimento de pesquisas em áreas naturais protegidas permite aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade que abrigam, informação que é a base para tomada de decisões e gestão efetiva desses espaços; assim como para garantir a conservação e uso sustentável dos recursos que proporcionam e geram bem-estar para as populações locais. 

Foto: Reprodução/Sernanp

Ele indicou, também, que o Sernanp promove pesquisas em áreas naturais protegidas por meio de iniciativas como o programa de bolsas, que não apenas permite gerar informações valiosas, mas também oferece oportunidades para jovens pesquisadores descobrirem novas espécies para o Peru.

Essas novas descobertas foram feitas como parte de um estudo de pesquisa desenvolvido por especialistas da Divisão de Ecologia Vegetal do Corbidi, o Museu de História Natural da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, o Jardim Botânico do Sul da China da Academia Chinesa de Ciências e a Estação Biológica do Jardim Botânico de Missouri; financiado em parte por uma bolsa concedida pelo Sernanp, Yunkawasi e a Comunidade de Manejo de Fauna Silvestre na América Latina (Comfauna), no âmbito do IV Concurso de Bolsas para Pesquisas Prioritárias em Áreas Naturais Protegidas.

Essas descobertas são resultado do estudo da família Melastomataceae nos Andes peruanos, que incluiu expedições botânicas a diferentes regiões do Peru (principalmente Amazonas e Cajamarca), incluindo a primeira expedição científica à Reserva Comunal Chayu Nain, bem como a avaliação de espécimes botânicos em herbários nacionais e internacionais.
Foto: Reprodução/Sernanp
Além disso, neste estudo, são publicadas outras três espécies do gênero Blakea que ocorrem fora de áreas naturais protegidas (B. eden, B. rojasiae e B. wilderi) e são incluídos comentários sobre novos registros e espécies do gênero, atualizando assim a lista oficial de espécies de Blakea no Peru, elevando o número registrado para 33, das quais 14 são endêmicas.

A pesquisa foi publicada na revista científica Phytotaxa pelos pesquisadores Robin Fernández Hilario, Luis Pillaca Huacre, Rosa Villanueva Espinoza, Sebastián Riva Regalado, Rocío Del Pilar Rojas Gonzáles, Renato Goldenberg e Fabián Michelangeli; que propõem que as espécies B. pavida, B. quinta e B. yumi devem ser consideradas na categoria Em Perigo Crítico e a maioria das restantes em Perigo, seguindo os critérios da UICN. 


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