Portal Amazônia responde: o que aconteceu com o aviaquário de Manaus?

O pátio da escadaria da Igreja da Matriz contava com o Aquário Comandante Armando Pinna e até um pequeno zoológico.

Muito amazonense talvez ainda lembre, mas para as gerações mais jovens o Aviaquário Municipal pode causar estranheza. No dia 21 de abril de 1937, a capital Manaus, recebeu o aviaquário, um espaço com aves e peixes em exposição, no pátio da escadaria da Igreja da Matriz, no Centro da cidade.

O espaço contava com o Aquário Comandante Armando Pinna e até um pequeno zoológico, que reuniam exemplares da biodiversidade da região amazônica.

Vista da entrada do Aviaquário na década de 60. Foto: Reprodução/Acervo IDD

De acordo com o historiador Otoni Mesquita, o Aviaquário Municipal de Manaus foi a principal obra do prefeito Antônio Maia. A ideia era que o espaço fosse uma demonstração da biodiversidade da Amazônia, assim como a negociação de peixes e outras espécies, principalmente, para a venda de alevinos (peixes recém saídos do ovo).

A criação do aviaquário chamou a atenção do público. Inclusive, outros lugares da cidade receberam um espaço que destacava as belezas da fauna amazônica. “Algo semelhante foi aplicado no General Osório com a ajuda do 27º Batalhão de Caçadores, onde hoje funciona o Colégio Militar”, explicou Mesquita.

Aquário Comandante Armando Pinna em 1940. Foto: Reprodução/Acervo IDD

Porém, apesar do sucesso do Aviaquário Municipal, um fator chamou a atenção da imprensa local: o tamanho do espaço.

“Eles colocavam uma gama de animais em um local inadequado, uma vez que o espaço era centralizado e reduzido. Dessa maneira, os animais ficavam em jaulas pequenas. Isso foi muito divulgado nos jornais da época”, 

revelou o historiador.

Encerramento

Em meados de 1963, o Aviaquário foi fechado e um parque infantil acabou tomando o seu lugar. Alguns anos depois, em 1979, o espaço voltou a funcionar, mas, dessa vez, com um número maior de animais. Apesar da “sobrevida”, o aviaquário fechou as portas no fim dos anos 80, encerrando completamente as atividades. 

Otoni Mesquita lembra com carinho do espaço, que fez parte da sua infância. “Era uma grande atração nos anos 60. Quando reabriu como Parque da Criança, uma obra do prefeito Josué Cláudio de Souza, virou um sucesso total. Bons momentos que a capital amazonense viveu”, relembrou o historiador.


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