De chaveiros a cédulas antigas: família no Amapá coleciona objetos há 17 anos

Pai, mãe e filho compartilham a mesma paixão de colecionar objetos, como por exemplo, moedas, chaveiros, cédulas e até cartões de telefone.

Um colecionador é a pessoa que guarda, seleciona, organiza, troca e expõe itens de interesse pessoal. O Dia do Colecionador é comemorado em 8 de novembro e, em Macapá, uma família mantém há 17 anos um acervo que reúne moedas, chaveiros, cédulas e carros em miniatura. A paixão por colecionar foi passada de pai para filho.

O professor de educação física Marcelo dos Santos Barbosa, de 50 anos, foi quem começou a coleção. No acervo, ele tem mais de 400 chaveiros, cédulas e moedas, muitas delas antigas.

“O meu interesse pelos chaveiros começou durante uma viagem que fiz à Brasília durante os Jogos Escolares de 2005. Lá eu vi uma exposição com muitos colecionadores de chaveiros. Eu me apaixonei, acabei trazendo o meu primeiro chaveiro de lá e desde então eu coleciono”, disse Marcelo.

Coleção conta com mais de 400 chaveiros. Foto: Rafael Aleixo/Rede Amazônica

Alguns dos chaveiros mais antigos que o professor conseguiu reunir são da década de 1970. Ele também guarda cédulas, moedas e medalhas, além de fazer parte da Associação Numismática Amapaense. O grupo, que organiza eventos e encontros pela cidade, reúne colecionadores dos mais variados itens.

Até amigos de Marcelo, quando viajam, têm a missão de caçar novos chaveiros. A exigência são itens cujo design saem do comum.

“Eu continuo adquirindo tanto chaveiro quanto cédulas e moedas. Eu procuro colecionar chaveiros que eu acho mais diferenciados e mais interessantes. Por exemplo, hoje eu tenho chaveiros de armas pequenas, de espadas… inclusive eu tenho da espada dos Thundercats, que é um item que eu gosto muito”, comentou o professor.

A esposa de Marcelo, que já colecionava cartões telefônicos quando se conheceram, continua a procurar os itens que eram usados para ligações nos “orelhões“. Eles já não são mais produzidos. Clivia Regina, de 43 anos, faz essa seleção há mais de 15 anos e já parou de contabilizar quantos itens tem.

Família no Amapá é apaixonada pela prática de colecionar variados itens. Foto: Rafael Aleixo/Rede Amazônica

“Foi na época em que o ‘orelhão’ ainda funcionava que comecei a colecionar. Eu via os cartões ilustrativos e comemorativos e me agradei. Desde aí eu comecei a colecionar e não parei mais. Depois de um tempo não conferi mais e não sei quantos tenho”, 

disse a dona de casa.

Acervo tem cédulas da antiga República. Foto: Rafael Aleixo/Rede Amazônica

E a paixão pelo colecionismo parece que vai ser herança. O filho do casal, Kauã Kelvin Barbosa, de 19 anos, se sentiu atraído pelo mesmo amor dos pais e começou a guardar carrinhos em miniatura desde os 5 anos de idade.

Coleção de Kauã possui mais de 50 carinhos. Foto: Rafael Aleixo/g1 Amapá

O jovem já se considera um colecionador e também acompanha o pai nos eventos promovidos pela associação. “Eu tive interesse desde criança. A minha mãe geralmente comprava no Centro, onde a gente morava antes. Aí depois eu mesmo comecei a comprar e a colecionar. Eu participo das exposições quando tem e vou em lojas também pra poder conseguir”, disse o estudante.

O colecionismo é uma arte que pode proporcionar habilidades de organização, o senso do cuidado, interação e socialização com curiosos e outros colecionadores, e ainda um maior conhecimento cultural a partir das histórias que muitas vezes acompanham cada item colecionado. 

*Por Rafael Aleixo, g1 Amapá

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