Amazonenses revelam o que os faz manter a paixão pelo hobby de colecionar

Pode ser de selos, moedas, gibis, CDs, obras de arte, brinquedos e até carros. Há todo um universo de objetos que são reunidos pelos amantes das coleções.

Existem pessoas que amam colecionar. Pode ser de selos, moedas, gibis, CDs, obras de arte, brinquedos e até carros. Há todo um universo de objetos que são reunidos pelos amantes das coleções. Elas criam um mundo diferente e repleto de significados próprios.

O Portal Amazônia conversou com três amazonenses que criaram suas próprias coleções e mostram o verdadeiro significado de amar algo.

Arte indígena

Desde criança o artista plástico Rui Machado teve contato com os povos indígenas do Alto Rio Negro. “Meu pai era português e trabalhava com produtos extrativistas. Por causa disso, muitos indígenas vinham para a cidade e com eles seus utensílios, como por exemplo, redes, tupé (uma espécie de esteira), cerâmicas, flechas e bancos, esses últimos eram o que mais me fascinavam”, contou.


E os bancos indígenas se tornaram os queridinhos de Rui. A paixão é tanta que o artista conta com uma coleção de bancos e outras peças indígenas que só aumenta. Porém, devido ao volume, ele precisou doar algumas peças para o Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Rui Machado possui uma coleção de bancos e artesanato indígena. Foto: Arquivo Pessoal

Ainda por causa da coleção extensa de bancos indígenas, que já passam de 30 peças, Rui já participou de exposições, como a 1ª edição da Casa Cor Amazonas e na Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Os bancos de Rui também são retratados em suas telas e obras.

Para a Rui, a importância de sua coleção vai além da satisfação pessoal. Ele acredita que as peças mantêm viva a história e memória dos povos originários da Amazônia. O artista destaca que é cada vez mais raro se conseguir peças autênticas de arte indígena.

“A tradição e a cultura estão se perdendo no tempo, tanto pela falta de políticas públicas, quanto pelas condições e descaso para com o verdadeiro guardião da floresta. Minha grande paixão mesmo é a arte indígena. Gosto um pouco de arte sacra e de antiguidades que tenham uma relação com a minha cidade de Manaus, que é uma outra paixão, uma outra história”,

afirmou.

Noveleiro 

Não é segredo para ninguém que a novela é uma  paixão nacional. Isso se refletiu na vida do manauara Karam, que é noveleiro de carteirinha. A fascinação pelas novelas trouxe ao jovem uma coleção com mais de 300 CDs e a coleção musical só cresce.

O primeiro CD que Karam ganhou foi da trilha sonora nacional de ‘Esperança’, de 2002. O presente de natal despertou ainda mais a paixão do amazonense pelas coletâneas de novelas. Já o último álbum adquirido por ele é da novela protagonizada por Cauã Reymond, “Um lugar ao Sol”, de 2021. 

Mas ser colecionador de CDs de novelas em época de streaming de música é desafiador. Até o momento, nenhuma das novas produções lançou a sua versão física, ou seja, o jovem precisa recorrer aos álbuns que ainda não possui.

“Eu gosto de ter a versão física, só que é triste para quem faz coleção não ter acesso a material inédito. Infelizmente, as novelas que estão no ar não vão lançar CDs. Mas a minha coleção não vai acabar. Vou garimpar os álbuns que eu ainda não possuo e aumentar a coleção”, 

garantiu.

Artigos geeks

 O universo geek é extenso e cheio de possibilidades. O universitário Igor Falcão possui uma extensa coleção de produtos desse universo. Ele tentou catalogar todas, mas desistiu quando chegou ao número dois mil. Igor tem de tudo um pouco: desde bonecos, pôsteres, roupas, até objetos de decoração.

“É uma coleção de pai e filho. Eu descobri o universo geek graças ao meu pai e, hoje, dividimos uma coleção juntos. Com ele, eu aprendi a cultivar esse hobby e ter zelo por todos os itens”,

afirmou Igor.

O quarto de Igor é a junção de sua coleção, que serve como decoração do espaço. Cada peça tem um valor, seja financeiro ou sentimental. “Tenho coisas valiosas assinadas por artistas ou escritores. É uma coleção de respeito, que pretendo passar para os meus filhos”, contou o jovem.

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