Em 1990, um ato bárbaro, que ficou conhecido como ‘O Crime da Motosserra’, abalou o país e envolveu uma importante figura do Acre.
Em 1974, o diretor americano Tobe Hooper chocou o mundo com o filme ‘O Massacre da Serra Elétrica’. O longa-metragem retrata uma família sádica que tortura e mata pessoas inocentes. Mas você sabia que tal história não está distante da realidade?
No Acre, um ato bárbaro, que ficou conhecido como ‘O Crime da Motosserra’, abalou o Estado. Assim como no filme de Hooper, onde um policial estaria por trás do crime junto ao seu ‘parente’ Leatherface, o autor das matanças na Amazônia era o coronel da Polícia Militar e deputado federal cassado, Hildebrando Pascoal.
Segundo informações do Ministério Público, em 1990, o Coronel Pascoal mandou assassinar Agilson Santos, conhecido como ‘Baiano’. As investigações mostraram que Santos estaria ligado à morte do irmão do Coronel.
Porém, a primeira vítima de Hildebrando foi o filho de Agílson, que na época tinha apenas 13 anos. O jovem foi assassinado, pois não sabia o paradeiro do pai. Quando foi encontrado, ‘Baiano’ morreu de forma cruel: ele teve os olhos perfurados, enquanto pernas, braços e pênis foram decepados com uma motosserra.
Para mostrar o seu ‘poder’ perante a cidade, o Coronel mandou que os restos mortais de ‘Baiano’ fossem jogados em uma Avenida de Rio Branco (AC). Inclusive, as pessoas que testemunharam o crime também foram assassinadas pelo grupo de Pascoal.
Assim como aconteceu com ‘Baiano’, os corpos das testemunhas foram lançados nas ruas da cidade e isso se tornou marca registrada do bando. A forma como eles encontraram para intimidar os acreanos.
Como todo bom filme precisa de uma reviravolta, em 1998, o Coronel foi eleito deputado federal no Acre. Porém, devido a todas as acusações, ele teve a cassação de seu mandato.
Finalmente, em meados de 1999, o ex-deputado foi preso e condenado por duas mortes, tráfico de drogas e troca de votos por cocaína. Hildebrando acabou sendo condenado a mais de 18 anos de prisão.