MANAUS – Janeiro é mês de férias e muita gente já garantiu as passagens de ida e volta para curtir a folga longe de casa. O Galvez, time do Acre, também vai respirar novos ares em 2016. A equipe representa o Estado na Copa São Paulo de Futebol Júnior a partir de 2 de janeiro. O problema é que, até o momento, o clube só custeou as passagens de ida de Rio Branco para São Paulo. O ‘Gavião’ ainda busca recursos para garantir a volta.
Galvez vai disputar a Copa São Paulo pela primeira vez. Foto: Manoel Façanha/Divulgação
Galvez vai disputar a Copa São Paulo pela primeira vez. Foto: Manoel Façanha/Divulgação
O time da Polícia Militar do Acre enfrenta dificuldades para disputar a maior competição de base do Brasil. “Estamos fazendo uma cota pra conseguir as passagens. A ida nós também tiramos do próprio bolso, com pais de atletas e dois ou três dirigentes que têm uma condição financeira melhor”, disse o técnico do Galvez, Pablo Simões, à rádio CBN Amazônia.
O esforço também fará com que jogadores e comissão técnica passem o Réveillon longe de casa, mais especificamente no aeroporto. O embarque será praticamente na virada do ano, no horário de 0h12. O elenco ainda terá uma conexão longa em Brasília antes da chegada prevista em São Paulo para 20h.
Dificuldades à parte, o Galvez já iniciou a preparação para a Copinha. A equipe está na chave 20 com São Bernardo, ABC e Goiás, onde jogará no campo sintético do estádio Baetão, algo que modificou o planejamento do clube. “Nós temos apenas um campo sintético que se aproxima do Baetão, mas infelizmente não temos nenhum igual. Estamos fazendo alguns trabalhos nesse sintético”, disse o treinador.Talentos da base
A equipe sub-20 do Galvez conta com três jogadores que integraram a equipe profissional em 2015. Um dos destaques é o meia Thiago, canhoto que joga aberto pela direita. O meia Felipe, com posicionamento mais centralizado, e o atacante João Paulo, atacante que atua aberto pelas pontas, também são outros talentos da equipe de Pablo.
Pablo afirma que o Galvez está ainda mais determinado a aproveitar os jovens da base no time principal. “Estamos com essa política nova dentro do clube de inserir ainda mais atletas no profissional. Espero que os outros clubes também comecem a valorizar a base para que a gente represente melhor nosso Estado em competições nacionais”, afirmou o técnico.
O treinador do time também lamenta a carência de competições de base no Acre. “Aqui nós temos uma competição que dura 30 dias e apenas isso. Não existe nenhuma outra competição em que os atletas atuem em bom nível. Há um investimento grande no profissional, mas a base é muito largada”.