Foram 30 jogos e três gols pela Chapecoense. Silvinho era querido pelo grupo, tinha o aval da diretoria e principalmente o do técnico Caio Júnior. “Eu só saí mesmo porque a proposta era muito boa, o tempo de contrato era longo. A Chapecoense não queria que eu saísse. O Caio Júnior foi um cara que me ajudou bastante. Ele sabia da proposta, contei tudo pra ele, e me ajudou a sair. Vou ser agradecido eternamente por ele”, disse o emocionado atacante à rádio CBN Amazônia.
Mesmo com a distância, Silvinho mantinha contato diário com os amigos do Verdão. “O Lucas Gomes, o Kempes era meu parceiro de quarto. Jogamos juntos no Joinville e chegamos quase juntos na Chapecoense. Dividimos o mesmo quarto do Catarinense ao Brasileiro. O Cléber Santana também era um amigo próximo, minha esposa é amiga pessoal da esposa dele. Eu tinha muitos amigos ali”, lamenta o atacante.
O rondoniense também revela que o ambiente da Chapecoense era como o de uma família. “É um dos clubes mais sérios que eu já trabalhei. Eles tratam o jogador como família, a diretoria fazia almoço, jantares com a família. É difícil cair a ficha”.
Com dois gols em 13 jogos no futebol sul-coreano, Silvinho voltou ao Brasil para passar férias e foi surpreendido pela tragédia. Ele tinha viagem marcada com alguns dos amigos de Chapecoense e fará o tradicional jogo beneficente em sua terra natal. Um evento que agora carrega mais uma causa: a de reverenciar os eternos amigos.