Pesca esportiva é modalidade em alta no Amazonas

Para quem deseja aproveitar as férias e experimentar algo diferente, os rios do Amazonas oferece um cenário perfeito para a prática da pesca esportiva. A atividade vem mostrando um destaque positivo a cada ano, e tem atraído adeptos de todo o Brasil. Apesar do rótulo de um desporto caro, no Amazonas, existem lugares com preços bastante acessíveis para quem deseja experimentar essa arte que a cada dia começa a fazer parte do cotidiano do amazonense.

Segundo o presidente da  Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado do Amazonas (AEP-AM), Tomás Igo Munoz Sanches, o esporte já faz parte do cotidiano do amazonense, e registrou um crescimento de 10% em relação ao ano passado.

“O amazonense está tão apaixonado pelo esporte, que temos vários torneios de pesca, seja de caiaque, de bote, de lancha em pesqueiro. Balbina é um grande exemplo, todo final de semana tem centenas de praticantes de pescadores amazonenses”, disse.

Dentro dessa imensidão de água, os principais municípios procurados para o entretenimento estão localizados na calha do rio Negro e Madeira. Além de envolver cerca de 30 cidades, sendo os principais delas, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, Nova Olinda, Borba, Careiro e São Sebastião do Uatumã. 

Foto: Fishing Business/Divulgação
Tomás explica, que como em toda atividade, existem os serviços caros e baratos, e ressaltou que os preços variam de acordo com os serviços oferecidos, assim como a estrutura de operação da atividade, como hotel, barcos, acampamento, e equipamentos. E conta, que apesar da procura do esporte pelos amazonenses, a atividade ainda é mais praticada por grandes empresários e pessoas de outras regiões do país. “A maioria do público que faz a prática de pesca esportiva é de outros Estados e de fora do país, pois o praticante amazonense opta em fazer a pesca recreativa que é aquela de captura e tirar uma cota para alimentação, ou seja, não devolve o peixe na sua totalidade. Porém isso tem diminuído ano a ano, muitos amazonenses têm praticado esse esporte, mesmo tendo poder aquisitivo baixo, como falei, tudo depende dos serviços, estruturas e a região que se vai pescar”, explicou.

Para quem vai se aventurar em lugares distantes da cidade, a cadeia produtiva que é gerada em função da atividade, envolve a comercialização dos serviços turísticos genéricos (transporte, hospedagem, alimentação) e especializados (locação de embarcações, guia de pesca), além dos insumos utilizados na pesca (material de pesca, combustível, mídia impressa e televisiva).

A funcionária pública Sinara Comdre, conta que a prática do esporte é perfeita para quem gosta de reunir grupos de amigos para se aventurar em expedições pelos rios cercados pelo verde da floresta. “É um mundo mágico e desconhecido para muitos amazonenses, depois que você conhece não quer mais deixar de participar. A parceria e companheirismos nesse esporte é fundamental, reunimos grupos e saímos em expedição sempre um ajudando o outro. Aconselho quem gosta de pescar e não tem conhecimento de grupo de pesca esportiva se informar e se juntar com a turma, é uma experiência maravilhosa, um esporte que agrada a família toda”, disse.

Ela conta que apesar de ser um esporte caro, existem formas de torná-lo acessível com preços bem em conta. Para Sinara o melhor lugar com custo-benefício próximo à cidade é no Tarumã, Rio Preto da Eva e o município de Balbina “Hoje um segmento que está crescendo muito é a pesca em caiaque, onde você tem acesso a vários lugares bem próximos como o Tarumã, Rio Preto da Eva e Balbina”, disse.

Recentemente, o governo do Amazonas reconheceu o segmento como recreação protegida por lei, de acordo com decreto publicado no DOE (Diário Oficial do Estado), transformando o tucunaré como peixe-símbolo. O esporte tem mostrado uma expressão ecológica muito grande devido ao seu baixo impacto ao meio ambiente, além de promover o cuidado com a fauna e flora. De acordo com dados do governo do Estado, o esporte tem ajudado a desenvolver o turismo sustentável na região, atraindo mais de 50 mil turistas, movimentando cerca de R$ 50 milhões ao ano.

Segundo o operador de pesca, Thiago Costa Leiria , praticante do esporte há 12 anos, a atividade tem trazido muitos benefícios para o Estado do Amazonas, principalmente no período de julho onde a recreação é mais difundida, e atrai pessoas de diversos lugares do Brasil nas férias. “Muitos pescadores amazonenses praticam a pesca esportiva, mas o público alvo das empresas que operam nesse segmento, são pescadores de fora do Estado e país. Em julho é a época que os ribeirinhos ganham dinheiro com o esporte. Além de ser mais uma ótima opção de lazer para os amazonense nas férias”, frisou.
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