Comparado a astro do UFC, amazonense sai da ‘terra da farinha’ para brilhar no MMA

Depois de José Aldo, Ronaldo Jacaré certamente é o lutador com maior influência no Amazonas. E em meio a uma geração inspirada pelo astro do UFC, seja do jiu-jítsu ou do MMA, um lutador de Uarini (a 565 quilômetros de Manaus) não apenas tem ‘Jaca’ como referência, mas também carrega o apelido do ídolo: Deigrison Jacarezinho

Deigrison Jacarezinho é destaque entre os pesos moscas do Amazonas. Foto: Reprodução/Amazon Sat

Com história que remete à Tefé, Uarini não é bem um polo de lutadores do Estado. A bem da verdade, o município só costuma ser lembrado pela saborosa farinha de Uarini. Mas foi de lá que saiu um dos melhores pesos moscas do Amazonas na atualidade. Jacarezinho é figura conhecida nos eventos locais de MMA.

A origem do apelido é fácil de ser decifrada. “Na época que eu comecei a treinar, o Ronaldo Jacaré tava no auge. As pessoas falavam que meu estilo de treino e de luta era meio parecido com o dele, aí me chamavam de Jacarezinho”, contou ao canal Amazon Sat.

Jacarezinho vem de quatro nocautes seguidos, mas com apenas um registrado no sherdog: o do Alfa Combat 4, em abril, contra Emerson Lima. Tamanho destaque é fruto de uma verdadeira obsessão pela luta. “Eu amo a luta como um cara apaixonado por uma mulher”, ‘filosofa’ Jacarezinho.

A entrada de Jacarezinho no mundo das lutas é pra lá de curiosa. Quando criança, o lutador da Equipe Alfa/Alvorada era reconhecido por outro talento: fazer desenhos. “Eu era um bom desenhista, o bairro todo me conhecia”, relembra.

E foi através do desenho que a história de Jacarezinho no esporte começou – sem trocadilhos – a ser escrita. “O professor de jiu-jítsu da época, o Marcos Patrício, me pediu um desenho. Quando eu vi a academia, eu perguntei como fazia pra treinar lá. Ele disse que, se eu fizesse o desenho, ele daria um mês de graça”.

O que era pra ser um mês virou uma vida de sacrifícios, mas também de prazer em fazer aquilo que gosta. “Eu durmo e acordo pensando no que eu vou treinar no outro dia”, diz Jacarezinho. Aos 26 anos, ele dá o sangue para que sua trajetória no MMA ganhe um colorido ainda maior, assim como os desenhos da infância.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Oficina de cinema em Manaus promove integração cultural e dá voz a jovens migrantes e amazonenses

O projeto contou com 44 alunos, que aprenderam desde a concepção de ideias e roteiros até a produção, captação e edição de vídeos, utilizando apenas celulares.

Leia também

Publicidade