Ainda segundo Lima, a ideia é que o local possa não somente agregar os materiais dos desportos aquáticos, como também das federações de canoagem, remo e triathlon. “A natação terá a concentração da sua federação na Vila Olímpica, no Parque Aquático, e neste novo espaço da Escola de Remo estão previstas salas capazes de acomodar as demais federações, que poderão acompanhar os treinamos e desenvolvimento do alto rendimento e do amador”, destacou.
Para o secretário nacional, Luiz Lima, Manaus tem potencial para ‘fabricar’ atletas olímpicos. “O lugar (Escola de Remo) é excepcional para a prática dos esportes aquáticos e é um lugar extremamente positivo, benéfico e de fácil acesso para a população. Se o projeto estiver dentro dos parâmetros de execução, ele será aprovado, assinado, e a reforma será realizada. Vamos unir forças para que isso possa sair do papel”, destacou.
Manaus até tem um atleta de alto rendimento do remo: Aílson Eráclito. No entanto, ele já mora fora da cidade há algum tempo. Aílson compete no Rio de Janeiro, onde inclusive foi campeão brasileiro no ano passado pelo Botafogo. O amazonense, entretanto, não conseguiu classificação para a Rio-2016.
As atividades da Escola de Remo estão reduzidas há mais de três anos. No local, o alto rendimento perdeu força e atualmente funciona apenas a escolinha para amadores e apreciadores, nos dias de terça e sexta, pela manhã. Com a reforma, o presidente da FAR, Daniel Herszon, acredita que um novo capítulo do esporte começará a ser escrito.
“Desde a reforma da Ponta Negra perdemos a base de atletas. Assim, estamos apenas com o remo de lazer, sem o alto rendimento. Esse encontro hoje me dá esperança e fico feliz com a sinalização do Ministério do Esporte, juntamente com o secretário Fabrício. Vamos aguardar ansiosos para que este processo possa caminhar e beneficiar o esporte como um todo, pois temos material humano”, destacou.
Legados olímpicos
Luiz Lima também visitou todas as instalações da Vila Olímpica, e ainda passou pela Arena da Amazônia e Arena Amadeu Teixeira. O secretário avaliou o processo da piscina olímpica, que foi herdada em novembro de 2016 pelo Parque Aquático da Vila Olímpica de Manaus, e afirmou que é um dever promover um esporte igualitário.
“Na última Olimpíada realizada no Rio de Janeiro, dos mais de 400 atletas na natação, apenas sete representavam a Região Norte. A escolha foi uma demonstração que a Olimpíada foi um evento no nosso país, não somente no Rio de Janeiro. Como atleta olímpico e professor de Educação Física, tive esta responsabilidade. Estou muito feliz de estar aqui na Vila e poder realizar esse sonho pessoal que é tornar o Brasil mais democrático no âmbito esportivo e fazer do nosso país uma nação esportiva”, comentou Luiz, atleta olímpico de 1996 e 2000.
Ao lado do representante do Ministério do Esporte, Fabrício Lima, anunciou a chegada da estrutura da piscina em março deste ano e que a entrega da montagem deve ser finalizada em 90 dias.