Com total domínio das técnicas do Pole Dance – que escondem a tensão e os esforços dos músculos gerados nas barras – é que as amazonenses Daniela Cruz Alves e Flávia Porto querem conquistar o mundo. E pra dar início a este sonho, as duas representantes do Amazonas vão representar o Brasil na disputa do Campeonato Mundial de Pole Sport, que acontece em Florença, na Itália, no próximo sábado e domingo, dias 10 e 11 de dezembro.
Prata no Pan-americano do Rio de Janeiro, ano passado, a dupla formada por uma bailarina (Daniela) e uma engenheira mecatrônica (Flávia) estão focadas na conquista do ouro e embarcam rumo ao país europeu na madrugada desta quarta-feira (07), com apoio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
“Participamos do Pan-Americano no ano passado, no Rio de Janeiro, conquistamos o segundo lugar, e foi a nossa primeira competição. Uma estreia, diga-se de passagem, que rendeu bastante experiência e que foi proveitosa. E este ano, para nossa felicidade, recebemos o convite da Vanessa Costa [Presidente da Federação Brasileira de Pole Dance] para representar o Brasil junto com outras meninas”, contou Daniela, de 27 anos, que também faz parte do corpo de dança Índios.com Cia de dança.
Com pouco mais de dois anos praticando o pole, Daniela revela o pesado treino de pouco mais de quatro horas diárias no Studio Manaus Pole Dance. Mesmo assim, ela garante que o sorriso e a alegria são garantidos após tanta dedicação. “Às vezes treinamos pela tarde ou à noite. Vamos nos encaixando para afinar sempre o nosso desempenho, mas o importante é que a gente tem bastante afinidade e consegue administrar muito bem esta parceria”.
Ex-super sedentária – como se autodenominou – Flávia Porto, 27, antes de entrar para o pole dance há cinco anos, não imagina que o esporte poderia mudar sua vida. O ‘amor’ foi tanto, que a engenheira pediu demissão de uma empresa no Distrito Industrial para ser professora de pole e agora vive à ansiedade da disputa internacional.
“O pole foi transformador. Não só fisicamente, mas também psicologicamente. Mudou a minha vida. Eu era engenheira mecatrônica, trabalhei por cinco anos e me frustrei. Passei a fazer outros esportes e depois conheci o pole dance por meio de uma amiga. Depois de um ano com a Vivian Alencar [responsável pelo Studio Manaus Pole Dance], ela me convidou para ser professora e aceitei”, disse ela.
Em busca do ouro
Com mais de 10 países na disputa e com a forte dupla de Santa Catarina, que ao lado das amazonenses vão representar o Brasil, Daniela e Flávia tem a meta de impactar os jurados e o público no Campeonato Mundial de Pole Sport.
“Vamos fazer a apresentação com um mix de músicas brasileiras. Tem tico-tico e mistura de músicas que só de ouvir já dá para reconhecer, saber que é do Brasil. Vamos fazer uma coreografia que é toda regrada, a gente obedece a códigos”, enfatiza Daniela, explicando os itens que compõe a apresentação.
“Tem que ter um número de movimentos obrigatórios, tem que ir para o giratório, depois para o estático, tem que dar o giro de 720 graus e tudo isso em no máximo quatro minutos, e a nossa apresentação tem 3 minutos e 50 segundos. Acho que dá para conseguir a medalha de ouro”, acredita Flávia, somada ao coro e motivação da instrutora Vivian Alencar.
“É a primeira vez que o Amazonas terá representantes em uma competição fora do Brasil. E mesmo antes de ter qualquer resultado, elas já são orgulho para nós e com toda certeza vão fazer história pelo Pole do nosso Estado”, destacou Vivian.
Estudo do INMA e parceiros identificou um total de 27 espécies da família Melastomataceae, no Parque Estadual do Utinga. Dos registros inéditos no local, um é também nova ocorrência para o Pará.