Foto: Divulgação/Agexcom UFAM
Quatro equipes formadas por jovens universitários do Acre e Amazonas foram premiadas na primeira edição do Desafio Saul Benchimol, realizada no dia 29 de novembro, em Manaus (AM). A premiação distribuiu um total de R$ 20 mil entre os vencedores e reconheceu projetos que oferecem soluções para combater problemas como fome, desmatamento e poluição na Amazônia. O evento foi organizado pela Bemol em parceria com a Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresas Juniores).
Para Elias Gabriel, Presidente Executivo da Brasil Júnior, o desafio vai além da competição. “O Desafio Saul Benchimol foi uma oportunidade para a juventude da Amazônia aplicar seus conhecimentos em projetos que impactam diretamente suas comunidades”, afirma.
Conheça os projetos premiados
Plantas que Transformam (Acre): O projeto propõe capacitar comunidades ribeirinhas do Norte a identificar, cultivar e utilizar plantas alimentícias não convencionais (PANCs) para enfrentar desafios como desnutrição e a dificuldade de acesso a alimentos frescos. A iniciativa prevê workshops presenciais e online, produção de materiais educativos e parcerias com universidades, ONGs e empresas alinhadas aos valores de sustentabilidade.
BioAqua (Amazonas): Propõe um sistema de aquaponia sustentável e de baixo custo, unindo a criação de peixes e o cultivo de plantas, para combater a fome em comunidades ribeirinhas isoladas. A solução utiliza energia solar e recursos locais, como insetos da floresta para ração, com foco inicial na comunidade Terra Preta do Limão, no Amazonas.
VerdeTech (Amazonas): Desenvolveu uma plataforma de monitoramento em tempo real para combater o desmatamento e os incêndios florestais na Amazônia. A solução utiliza sensores inteligentes que detectam alterações no ambiente, como fumaça e ruídos, e alertam equipes de fiscalização. O projeto também capacita comunidades locais para operar os equipamentos.
Boia Anfíbia Inteligente (Amazonas): Apresenta uma solução inovadora para reduzir a poluição por microplásticos e outros resíduos nos rios amazônicos. A boia, movida a energia solar, capta e monitora poluentes em tempo real, enquanto promove a capacitação de comunidades locais e a divulgação de dados ambientais.
Os estudantes participaram de mentorias, workshops e apresentações antes da cerimônia final, que homenageou Saul Benchimol, cofundador da Bemol e defensor do empreendedorismo e da educação na região. A iniciativa foi aberta a estudantes do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, com o objetivo de reconhecer o papel da juventude na busca por soluções para os desafios socioambientais da Amazônia.
“O Desafio mostrou que os jovens da Amazônia têm o potencial e as ferramentas possíveis para transformar suas comunidades e criar um futuro mais sustentável para a região. É inspirador ver como conhecimento e criatividade podem gerar soluções tão impactantes”, conclui Elias.