Pesquisa destaca rede colaborativa como modelo. Foto: Reprodução/Arquivo/Secom AM
Uma pesquisa publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, dia 25 de novembro, traz evidências inéditas sobre o papel das redes científicas na produção de sínteses integradas da biodiversidade da Amazônia.
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O estudo “Collaborative research networks as a strategy to synthesize knowledge of Amazonian biodiversity”, que apresenta o INCT-SinBiAm como caso de referência, reforça a urgência de políticas ambientais baseadas em ciência e marca um avanço estratégico para a conservação e a ecologia da maior floresta tropical do planeta.

A publicação demonstra como redes colaborativas de pesquisa podem transformar a maneira como o conhecimento sobre a Amazônia é produzido, analisado e aplicado. Em um momento em que a região enfrenta pressões crescentes, como desmatamento, degradação de habitats e mudanças climáticas, o artigo destaca que apenas iniciativas científicas de grande escala, integradas e sustentadas por colaboração interinstitucional, são capazes de oferecer respostas consistentes para desafios tão complexos.
O INCT em Síntese da Biodiversidade Amazônica (INCT-SinBiAm) é apresentado como um modelo bem-sucedido dessa abordagem. A rede reúne 47 instituições do Brasil e do exterior, articulando pesquisadores, bases de dados, métodos e diferentes expertises científicas para produzir sínteses robustas e de alta relevância ecológica e política. Seu trabalho integra informações sobre florestas e ecossistemas aquáticos, identifica padrões de biodiversidade, mapeia ameaças e orienta práticas e políticas ambientais e educacionais.
Além de organizar e difundir conhecimento estratégico, a rede também atua na formação de novas gerações de cientistas, educadores e gestores, comprometidos com a conservação e o uso sustentável da Amazônia. Com isso, o INCT-SynBiAm se consolida como uma iniciativa fundamental para enfrentar os desafios socioecológicos das regiões tropicais, servindo de referência internacional para futuras redes de pesquisa colaborativa.


A UNIFESPA faz parte do INCT SinBiAm e de outras redes colaborativas como o Centro Integrado da Sociobiodiersidade Amazônica (CISAM) e do PPBIO da Amazônia Oriental (PPBIO AmOr), sua posição geográfica, missão institucional e crescente inserção em redes de pesquisa amazônicas reforça sua missão institucional de fazer a diferença com e para a população Amazônida.
Localizada em uma região-chave da Amazônia, marcada por desafios socioambientais complexos e historicamente sub-representada na infraestrutura científica nacional, a universidade desempenha um papel singular ao formar pesquisadores que conhecem o território, as comunidades e seus conflitos de perto.
O reitor da UNIFESSPA, professor Francisco Ribeiro da Costa, ressalta que, a universidade reúne busca contribuir de forma estratégica com redes colaborativas como o INCT-SinBiAm. Para ele, a presença da instituição no sudeste do Pará, aliada ao seu compromisso com a ciência amazônica, reforça seu papel na produção de conhecimento territorialmente enraizado:“Assim, a universidade não aparece como um mero receptor periférico de redes consolidadas, mas como um ponto de virada: uma instituição amazônica capaz de liderar, propor e articular ciência colaborativa a partir do próprio território, exatamente como defende o artigo.”
A publicação na Proceedings of the Royal Society B reforça, portanto, a importância da ciência produzida de forma integrada, colaborativa e comprometida com a sustentabilidade da Amazônia, um passo decisivo para unir conhecimento, tecnologia e políticas públicas na proteção da biodiversidade.
Leia a pesquisa na íntegra e conheça os resultados completos no link.
*Com informação da UNIFESPA
