Foto: Reprodução/Iberdrola
Greenwashing? Você já ouviu falar nessa palavra ou sabe seu significado? Greenwashing quer dizer “lavagem verde”, um termo cujo uso está associado à uma estratégia de marketing enganosa, geralmente praticada pelos interessados para afirmar que seus produtos ou serviços são sustentáveis.
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Atualmente, a sociedade tem buscado com mais frequência por produtos, serviços e marcas que “pensam sustentável” e que, de alguma forma, colaborem com um futuro mais viável para o planeta. Por isso, questões ambientais tem sido cada vez mais debatidas em estudos de interesse mundial.
Algumas empresas costumam investir pesado na divulgação e propagandas para atrair consumidores preocupados com o meio ambiente. No entanto, outras também usam os investimentos em propaganda, mas não na execução de fato de formas sustentáveis para seus produtos ou serviços.
Como identificar um greenwashing?
O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) lista sete sinais para identificar o “falso sustentável” mais utilizadas pelas empresas:
1. ‘Não contém ingredientes animais’ – Sem provas.
Produtos que se dizem “ambientalmente corretos”, mas não especificam os fatos e dados científicos em que são baseados, como cosméticos que alegam ser veganos, mas não possuem certificados ou não explicitam os ingredientes no rótulo.
2. ‘Até 50% de economia em água’ – Troca oculta.
Ocorre quando uma questão ambiental é enfatizada em detrimento de outras preocupações potencialmente mais sérias. Um exemplo é incentivar o uso de plástico, negativo sob o ponto de vista ambiental, alegando economia de água, pois não há necessidade de lavagem do copo.
3. ‘Amigo do meio ambiente’ – Vagueza e imprecisão.
Uso de expressões mal definidas e amplas, como o uso de termos vagos como “sustentável” e “amigo do meio ambiente” em embalagens, sem fornecer qualquer detalhe ou explicação de atitudes ambientalmente concretas referentes ao produto, deixando o consumidor em dúvida sobre seu real significado.
4. ‘Não contém CFC’ – Irrelevância.
Apelo que pode ser verdadeiro, mas não é relevante para o consumidor que procura um produto com vantagem ambiental. “Não contém CFC” é o exemplo mais comum. O uso da substância (clorofluorcarboneto, clorofluorcarbono ou CFC) é proibido por lei, o que significa que o produto não é mais ambientalmente correto que qualquer outro da categoria.
5. ‘50% menos plásticos’ – Menor de dois males.
Ocorre quando o apelo ambiental pode ser verdadeiro, mas distrai o consumidor de impactos ambientais maiores. Um exemplo prático é um produto descartável afirmar possuir menos plástico, mas, no fim, ele continua sendo um problema na geração de lixo.
6. ‘Produto com descarte seletivo’ – Lorota.
Embalagens que contêm declarações e reivindicações que são simplesmente falsas. Um exemplo é afirmar falsamente que um produto possui descarte seletivo, quando a empresa não possui controle sobre o mesmo.
7. ‘Menor consumo de energia’ – “Adorando” falsos rótulos.
Quando há falsa sugestão ou imagem que parece um selo para induzir os consumidores a pensar que o produto possui certificação de terceiros e se tratar de produto “verde” – por exemplo, uma embalagem com imagem de lâmpada que afirma economia de energia, com um certificado que não é oficial ou conferido por entidade confiável.
ESG/ODS
O termo greenwashing teve origem na década de 1980, quando ambientalistas começaram a observar as práticas enganosas de empresas e comunicações em busca de uma “imagem sustentável” para conquistar clientes, etc. Com a crescente conscientização ambiental em função de debates sobre, por exemplo, o ESG e os ODS, o termo voltou a ganhar força.