Fazenda Experimental em Mato Grosso adota coleira para detecção de doenças

A fazenda é o espaço para o desenvolvimento de uma iniciativa que pode facilitar a detecção de doenças antes do agravamento de sintomas.

A Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é o espaço para o desenvolvimento de uma iniciativa que pode facilitar a detecção de doenças antes do agravamento de sintomas. O trabalho desenvolvido por pesquisadores russos será aplicado com a coleta de dados a partir de inteligência artificial em que uma coleira reúne dados dos animais e envia por meio de Wi-Fi para a nuvem, com acesso possível para pesquisadores em formato remoto.

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Os indicadores medem doenças como mastite, brucelose, endometrite e leucose. “A coleira avalia parâmetros dos animais para detectar de forma precoce algumas doenças de cunho produtivo e infeccioso. Mato Grosso é o primeiro lugar no Brasil onde será testado com as vagas da fazenda experimental. Com a implantação será desenvolvida uma pesquisa para validação das informações com o acessório que será inserido nas vacas”, pontua o professor Emílio Azevedo, diretor da Fazenda Experimental. Ao todo serão implantadas 10 coleiras em vacas da Fazenda Experimental.

A mastite bovina consiste em uma patologia que reduz a produção e a qualidade do leite da vaca, enquanto a endometrite é uma inflamação uterina que pode ocorrer de forma aguda ou crônica, frequentemente associada a infecções bacterianas. Já a leucose bovina é uma doença infectocontagiosa causada por vírus também afetando a produção de leite. Por sua vez a brucelose é uma infecção provocada por bactérias que é transmitida de animais infectados para o ser humano. “Vai tanto nos ajudar como método diagnóstico a partir do funcionamento de forma efetiva, para os alunos pelo contato com a tecnologia, como também para a universidade porque vai dar uma repercussão”, analisa o docente.

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Das 10 coleiras a serem implantadas, com sensores e colares. O equipamento fica ao redor do pescoço das vacas para uma avaliação contínua. “É uma ferramenta a mais para o diagnóstico, lembrando que ela não substitui o médico veterinário. É uma ferramenta para detectar de forma precoce. A coleira promete a proposta e eles entraram em contato com a gente para testar”, relata o professor Emílio Azevedo. O funcionamento será com o envio de dados da coleira para a nuvem.

“No momento em que a vaca passa na ordenha há a leitura pela internet dos dados do animal, que encaminha para a nuvem que reúne os dados para a interpretação por meio de inteligência artificial. É um software que eu consigo controlar aqui da minha sala para interpretação e predizer qual a patologia que o animal tem”, finaliza o diretor da Fazenda Experimental sobre o projeto que tem indicadores para alertar sobre saúde e doenças das vacas em monitoramento.

*Com informações da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

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