Estudo revela qualidade desigual da água na Bacia do Tarumã-Açu

A Bacia do Tarumã-Açu, uma das mais importantes áreas hídricas da Região Metropolitana de Manaus, está sob constante pressão ambiental

Os flutuantes ficam no Taruma-Açú, zona oeste de Manaus. Foto: William Duarte/Rede Amazônica

A Bacia do Tarumã-Açu, uma das mais importantes áreas hídricas da Região Metropolitana de Manaus, está sob constante pressão ambiental, mas ainda apresenta trechos com boa qualidade de água. É o que revela o mais recente relatório técnico do Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Amazonas (ProQAS/AM).

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Bacia do Tarumã-Açu
Foto: Raffa Neddermeyer/Agencia Brasil

O estudo utiliza o novo Índice de Qualidade de Águas Pretas (IQAáguas pretas), desenvolvido com base em mais de 340 mil análises laboratoriais e dados coletados entre 2022 e 2025. Foram monitorados 15 pontos ao longo da Bacia do Tarumã-Açu, com ênfase em 164 parâmetros físico-químicos, biológicos e de presença de metais.

Os resultados indicam que as áreas mais preservadas da bacia, próximas às nascentes no km 40 da BR-174 e aos igarapés do Acará, Leão e Mariano, apresentaram índices de qualidade de água classificados como boa a ótima.

os trechos mais próximos à zona urbana de Manaus, especialmente nas imediações da marina do Davi, do aterro sanitário municipal e de áreas com ocupações irregulares demonstraram níveis regulares de qualidade, com presença significativa de coliformes termotolerantes, resíduos sólidos e indicadores de poluição orgânica.

Leia também: Defensoria tenta evitar remoção e garantir futuro de flutuantes no Tarumã-Açú, em Manaus

Ferramenta Estratégica

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Foto: Divulgação/IBAMA

Além do Tarumã-Açu, o ProQAS/AM monitora os rios Negro, Madeira e outras microbacias da capital amazonense. As informações geradas já embasaram o novo Plano Estadual de Recursos Hídricos e vão subsidiar políticas públicas de proteção e uso racional da água na cidade.

Para os pesquisadores, o IQA desenvolvido para águas pretas é apenas o primeiro passo. A equipe trabalha, agora, na construção de índices específicos para águas brancas e cristalinas, a partir de expedições no rio Madeira e, futuramente, no Tapajós.

Investimento na Pesquisa amazônica

O Grupo Atem é o único agente privado a apoiar o ProQAS/AM. A companhia construiu o barco “Roberto Santos Vieira”, com 28 metros de comprimento e quatro laboratórios de última geração, além de camarotes, refeitório e estrutura completa para expedições científicas. O nome da embarcação homenageia um dos idealizadores do primeiro curso de Direito Ambiental da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Apoio

Patrocinado pelo Grupo Atem e coordenado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em parceria com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A Atem também fornece o combustível utilizado nas campanhas de monitoramento.

“O apoio a este programa, desde o início, só reforça nosso compromisso com o meio ambiente, com as comunidades ribeirinhas, com o Amazonas e com a pesquisa científica”, afirma o CEO do Grupo Atem, Fernando Aguiar.

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