Escultura de preguiça-gigante em Porto Velho celebra patrimônio natural e histórico

Obra será exposta na Residência do Serviço Geológico do Brasil na capital rondoniense. Iniciativa visa disseminar e popularizar as geociências.

Foto: Reprodução/SGB

Uma escultura artística em tamanho real de uma preguiça-gigante, em homenagem à megafauna que habitava a região amazônica há mais de 10 mil anos,  será inaugurada na próxima segunda-feira (4), às 9h30, na Residência do Serviço Geológico do Brasil de Porto Velho. 

Leia também: Maior paleotoca do Brasil: mapeamento inédito vai criar ‘passeio virtual’ pela ‘casa’ de preguiças-gigantes

A obra visa promover a conscientização sobre biodiversidade, preservação do patrimônio natural e a importância das geociências. A ideia é reunir, em um único espaço, arte e ciência para promover também a popularização das geociências e a importância de conhecer o passado para preservar o futuro. Com quatro metros de altura e criada pelo escultor rondoniense Bruno Ferreira, a escultura foi construída em cimento e ferro. 

A diretora de Infraestrutura Geocientífica do SGB, Sabrina Góis, ressaltou que a escultura da preguiça-gigante vai além de uma expressão artística.

A ação destaca a importância do patrimônio geológico e dos fósseis, valorizando-os como partes fundamentais do patrimônio cultural e da história do planeta. Essa iniciativa também celebra o inédito mapeamento virtual da maior paleotoca do Brasil, localizada em Rondônia, construída por preguiças-gigantes e descoberta em 2023. A paleotoca, com mais de 600 metros de extensão e até três metros de altura, foi habitada pelos ancestrais das atuais preguiças (que têm menos de um metro de comprimento), que sobreviveram até o fim da “Era do Gelo”.

A divulgação científica é fundamental para o avanço do conhecimento e para a popularização da ciência entre o público em geral. Para o chefe da Residência, Marcelo Guimarães, no caso da réplica da preguiça-gigante, essa importância se torna ainda mais evidente.

Guimarães acrescentou que, através da exposição de uma réplica, é possível despertar a curiosidade das pessoas, estimulando o interesse pela paleontologia. “Isso permite que crianças e adultos aprendam sobre a extinção das espécies, as mudanças climáticas e a evolução, temas importantes para entendermos nosso papel no mundo atual”, disse. 

O  espaço infantil do SGBeduca  irá oferecer um ambiente educativo, lúdico e interativo, voltado para crianças, que promove o aprendizado das geociências de forma acessível e divertida. De acordo com Andrea Sander, coordenadora do SGBeduca, esse novo ambiente infantil disponibiliza um local único na cidade de Porto Velho, que tem poucas opções em ciências para o público infantojuvenil.

“No local, as crianças e jovens terão contato com minerais e rochas, com o mapa escolar de rochas de Rondônia, compreendendo a geologia do estado. Além de boa literatura sobre ciências, como uma coleção do periódico Ciência Hoje para Crianças e livros de autores consagrados”, informou.

O espaço – localizado na Avenida Lauro Sodré, 2561 – estará aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Espécies novas de sapos ajudam a entender origem e evolução da biodiversidade da Amazônia

Exames de DNA feitos nos sapos apontam para um ancestral comum, que viveu nas montanhas do norte do estado do Amazonas há 55 milhões de anos, revelando que a serra daquela região sofreu alterações significativas.

Leia também

Publicidade