Foto: Jorge Júnior/GEA
Um projeto de acessibilidade desenvolvido pelo aluno Alerrando da Silva Souza, de 15 anos, e orientado pela professora Laudicléia Pires, da Escola Estadual Professor José Ribamar Pestana, em Santana (AP), visa o acesso e a inclusão de Pessoas Com Deficiência (PCD) nas embarcações da Amazônia.
O projeto teve início por meio de conversas nas aulas de metodologias restaurativas, na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE). O aluno, que tem necessidades específicas, viaja constantemente de barco pelos rios amazônicos e percebeu a dificuldade que idosos, autistas, obesos e pessoas com algum tipo de limitação física e mental têm de se deslocar no interior das embarcações.
“Tenho orgulho do que projetei e preciso registrar que tive apoio da escola, da orientadora e da minha família. O projeto está tendo visibilidade, nunca viajei para outro estado, mas ano que vem, graças à ele, representarei o Amapá em uma feira que acontecerá em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina”, destacou Souza, que passou para o 2º ano do ensino médio.
O barco acessível foi premiado na 12ª Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap). Ele recebeu uma quantia em dinheiro e o credenciamento para participar da Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic), que vai ocorrer em Santa Catarina, em 2025.
A orientadora, Laudicléia Pires, também foi inspiração para o projeto de Alerrando. Ela conta que foi cadeirante por cinco anos devido a um tumor na medula. Ela relatou as dificuldades vividas neste período para o aluno, que a surpreendeu com o barco acessível.
“Devido à sua paixão por barcos e querendo ajudar as pessoas, surgiu a ideia inovadora do protótipo. O projeto é real e viável, garantindo tanto a inclusão, quanto a acessibilidade, além disso quebra barreiras, pois foi concebido por um aluno com altas habilidades, o que demonstra que ele é capaz de construir, criar, inovar e desenvolver suas habilidades, apesar das limitações”, frisou Laudicléia.
O barco possui estrutura arquitetônica e serviços para garantir as Leis sobre os Direitos e Segurança das Pessoas com Deficiência (PCD), como elevador, pisos táteis, banheiros com infraestrutura, camarotes para pessoas idosas e autistas, equipados com barras de apoio, eletroeletrônicos e brinquedos, respectivamente.
*Com informações do Governo do Amapá