Xapuri é o terceiro maior produtor de castanha do país, segundo o IBGE. Foto: Marcos Vicentti/Secom AC
Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no dia 26 de setembro, revelou alguns dados relacionados ao extrativismo, que é uma atividade econômica importante para o desenvolvimento sustentável, uma vez que consiste na coleta de recursos naturais para fins de subsistência ou para a economia local. A Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), mostra que Xapuri, no interior do Acre, é o município com a terceira maior produção nacional de castanha no Brasil em 2023, estando logo atrás de Oriximiná (PA) e Óbidos (PA).
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A castanha, segundo o estado, encerrou 2023 com produção total de 9.474 toneladas, crescimento de 3,6% em relação a 2022, com preço médio de R$ 6,96/kg, crescente desde 2020, quando atingiu seu nível mais baixo. Essa expansão faz parte de um período de recuperação do mercado pós-pandemia e início da Guerra.
Os cinco municípios com maior produção são Xapuri (2.005 toneladas), Brasileia (1.628 t), Rio Branco (1.600 t), Sena Madureira (1.580 t) e Epitaciolândia (1.019 t). O valor da produção da extração vegetal no Acre em 2023 foi de R$ 113,8 milhões, configurando um recuo de 7,6% frente a 2022, ocasião em que encerrou com o valor da produção em R$ 123,1 milhões. O elemento que mais influencia este recuo é a redução da extração da madeira em tora manejada.
Os três principais produtos da extração vegetal em 2023, em termos de valor de produção, são: castanha-do-pará (58%), madeira em tora (17%) e látex coagulado (11,5%). Juntos, esses produtos respondem por cerca de 86% do valor de produção no estado.
A atividade produtiva da castanha foi incluída no Programa Acre Mais Produtivo (Proamp), que será desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e irá fortalecer toda a cadeia produtiva a partir da alocação de recursos financeiros como forma de investimento e ampliação da bioeconomia do Acre.
Para o Acre, os resultados disponíveis da pesquisa são para os grupos de produtos alimentícios, borrachas, fibras, madeiras e oleaginosos da extração vegetal.
Outros produtos
Em 2023 a produção de açaí foi de 4.031 toneladas, recuo de 9% em relação a 2022, com valor de produção de R$ 6,4 milhões, aumento de 2,6% devido ao maior patamar de preços. A extração foi menor em 2023 devido ao rearranjo do setor para a exploração da produção. Os cinco municípios com maior produção são Feijó (1.500 t), Cruzeiro do Sul (308 t), Tarauacá (260 t), Marechal Thaumaturgo (234 t) e Mâncio Lima (212 t).
O produto Hevea (látex coagulado) gerou R$ 13,1 milhões em 2023, 11,5% do valor da produção, com preço médio de R$ 17,5/kg e 751 toneladas exploradas. “A manutenção do pagamento pelos serviços ambientais aos extrativistas da borracha tem fortalecido o setor ano a ano, propiciando crescimento da produção”, destaca a publicação.
Os cinco principais municípios produtores de borracha são: Xapuri (246 t), Senador Guiomard (148 t), Brasileia (126 t), Sena Madureira (74 t) e Tarauacá (45 t).
Desse grupo, o produto madeira em tora apresentou uma queda no valor de produção de 56%, saindo de cerca de R$ 43 milhões em 2022 para R$ 19 milhões em 2023, uma queda de R$ 24 milhões, explicada pela expressiva queda do volume explorado em 2023, tendo como referência os registros do Documento de Origem Florestal (DOF).
O volume explorado em 2023 foi 172.486 m³, sendo um recuo de 58%. Os 5 municípios com maior produção são Feijó (44.195m³), Bujari (23.900m³), Rio Branco (20.621 m³), Tarauacá (19.274 m³) e Sena Madureira (18.465 m³).
*Com informações da Agência Acre