Retomada deixa imóveis mais atraentes em Manaus

Com o reaquecimento gradual da economia brasileira durante o ano passado, o mercado imobiliário de Manaus está otimista e espera um crescimento acima de 5% em 2018. A estimativa está apoiada em taxas mais atrativas, na flexibilização das cartas de créditos dos bancos e o aumento da geração de renda.

Segundo empresários, mesmo com um melhor desempenho em 2017, a projeção é que a movimentação do setor amazonense fique abaixo da média nacional (5%) e dos 1,13 bilhões arrecadados em valor bruto de 2016. Por outro lado, o índice de contratos anulados na compra de imóveis foi inferior aos 40% daquele período.

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-Am), Romero Reis, em janeiro de 2017 a economia do país começou a sinalizar uma retomada em ritmo mais lento, refletindo no desempenho do mercado imobiliário. Segundo ele, a queda na taxa de juros, taxa da Selic e a geração de renda, além da retomada na confiança do consumidor e flexibilidade dos critérios de concessão de créditos dos bancos, contribuíram para um resultado positivo.

“Esses fatores favorecem, principalmente, a venda de imóveis econômicos ligados ao programa do governo federal Minha Casa Minha Vida (MCMV), mas agora devem impactar também na venda de outros tipos. Com o fortalecimento do setor, certamente vamos atingir uma velocidade de venda acima de 5% neste ano”, estima o empresário. No Amazonas, a faixa de valores dos imóveis de padrão econômico vai até R$ 235 mil.

Os dados oficiais do mercado imobiliário do ano passado só serão divulgados em fevereiro. Porém, Reis comenta que mesmo com um melhor desempenho da atividade em 2017 frente ao ano anterior, a projeção é que a movimentação do setor fique abaixo da média nacional esperada (5%) e da cifra dos bilhões arrecadados em 2016. Por outro lado, segundo ele, o índice de contratos anulados na compra de imóveis foi inferior aquele período.

“Ao analisar a venda bruta de R$ 1,13 bi em 2016, vemos que o índice de contratos anulados chegou a 40% e a quebra dos acordos causou instabilidade no setor. Já em 2017, a estimativa é de que essa venda bruta fique entre R$ 800 milhões a R$ 900 milhões, mas houve queda no volume de distratos, ou seja, a venda líquida foi maior”, explica.

Foto: Divulgação / Shutterstock

Dezembro movimenta R$ 89 milhões 

Segundo dados da Ademi-Am e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-Am), em dezembro de 2017, a comercialização foi na ordem de R$ 89 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV). Na comparação com o mês de novembro (R$ 61 milhões) a alta foi de R$ 28 milhões. Em relação a dezembro de 2016 (R$ 56 milhões), a diferença chegou a R$ 33 milhões entre os períodos.

Na avaliação de Romero Reis, o crescimento em dezembro é considerado pontual, impulsionado em grande parte, pelo pagamento do 13° salário aos trabalhadores. “Mas como disse, tudo indica que o processo de reaquecimento econômico já é uma realidade no nosso país”, sentencia o presidente da Ademi-Am.

Em dezembro, 276 unidades foram vendidas em Manaus. De acordo com os dados, os bairros Tarumã, São José e Gilberto Mestrinho foram os locais com maior registro de novos imóveis comercializados. O padrão econômico continuou liderando as vendas de imóveis residenciais com 177 unidades dessa modalidade. O preço médio com metro quadrado foi de R$ 4,4 mil, ficando bem abaixo da média nacional, com valores acima de R$ 7 mil.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Amazônia onde a violência campeia sem controle

Conflitos gerados por invasões de terras configuram hoje o principal eixo estruturante da violência na Amazônia Legal, segundo conclui o estudo Cartografia das Violências na Amazônia.

Leia também

Publicidade