A produção de bicicletas do Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou alta de 22,2% em maio no comparativo com abril no Amazonas. No total foram 60.195 unidades contra 49.275 produzidas no mês anterior, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Na comparação com igual período de 2016 o crescimento foi superior a 8%. Entre janeiro e maio deste ano saíram das linhas de produção 255,567 bicicletas, volume 0,09 % maior do registrado no ano passado, que havia totalizado 253,290 unidades. Até o final do ano, a entidade estima um aumento de 19% na produção frente a 2016.
Na avaliação do vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, João Ludgero, o aumento no volume produtivo é reflexo de mudanças positivas em fatores cruciais para o país. “Isso é decorrente de uma melhora do contexto econômico nacional ao mesmo tempo em que as fabricantes aumentam a produção de bicicletas de alto valor agregado”, afirmou Ludgero. No entanto, o executivo frisou que é necessário observar como se comporta o contexto político-econômico do Brasil para deslumbrar um possível crescimento no segundo semestre.
Azevedo reforçou que o futuro da economia é incerto devido à instabilidade politica do Brasil. “O problema político e econômico nacional pelo qual o país ainda passa reflete fortemente no consumo, porque a população se retrai e o investidor também recua por conta da falta de credibilidade no ambiente de negócios. No momento não tem como projetar nada”, disse o vice-presidente da Fieam.
Conforme o balanço da Abraciclo, em maio deste ano foram produzidas 60.195 bicicletas, na capital, quantitativo 22,2% maior do que o registrado em abril, com 49.275 unidades. Em relação a maio de 2016 o crescimento foi de 8,4%, quando foram fabricados 55.546 produtos naquele mês. O acumulado do ano também registrou alta, o índice cresceu 0,9%, passando de 253,290 unidades entre janeiro e maio do ano passado para 255.567 unidades nos cinco primeiros meses de 2017.
Até o final do ano, a entidade estima uma produção entre 700 mil a 800 mil unidades. Esse volume é 19% superior ao de 2016, quando saíram 669.729 bikes das linhas de produção das fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus.
Importação x exportação
As fabricantes de bicicletas de todo o território nacional exportaram 4.438 unidades em maio, conforme dados apurados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e analisados pela Abraciclo. O principal destino das bicicletas brasileiras foi o Reino Unido, com 220 unidades exportadas. Já a maioria das bikes importadas no período foi produzida basicamente na China, com 3.781 unidades, seguida de Taiwan (453 unidades) e Camboja (88).
Pegando carona
Os dados da Abraciclo também apontam que houve aumento na produção de motocicletas, com 77.730 unidades em maio contra 64.380 no mês anterior. O resultado representa alta de 20,7% em relação as vendas de abril. Na comparação com igual mês de 2016 a retração chegou a 15,8%, quando foram produzidas 92.308 unidades no período. No acumulado de janeiro a maio, a queda foi de 2,5% na linha de produção de motocicletas no PIM. Isso mostra que saíram das fábricas 373.491 motocicletas contra 382.970 unidades fabricadas no mesmo período do ano anterior. Quanto as vendas externas, a redução foi de 37,2% e no atacado, o setor reagiu com alta de 10,6%.
No quinto mês do ano, os emplacamentos de motocicletas segundo o levantamentos do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) atingiram 79.533 unidades, contra 76.644 em maio do ano anterior, o que corresponde a uma alta de 3,8%. Com relação a abril, que teve 64.961 unidades emplacadas, o crescimento atingiu 22,4%. No acumulado do ano, as vendas no varejo totalizaram 355.464 unidades, correspondendo a uma queda de 10,3% ante o mesmo período de 2016 com 396.238. A média diária de vendas foi na faixa de 3.600 unidades.
Segundo o presidente da entidade, Marcos Fermanian, o resultado está dentro das previsões anteriormente anunciadas e as fabricantes e suas concessionárias estão se empenhando para que este índice prossiga até outubro. “Todos estão cientes de que nos últimos meses do ano poderá ocorrer uma elevação nos negócios em função da chegada do verão, pagamento da parcela final do 13º salário e realização do Salão Duas Rodas, com lançamentos de produtos e muitos atrativos para os motociclistas”, avaliou.