A pesquisa revela que os dois últimos anos fizeram a economia de todas as 27 unidades da federação encolher, sendo que em 12 delas e no Distrito Federal, o retrocesso foi maior. Os valores registrados são menores do que os de 2010. O Amazonas apresentou a maior queda acumulada de PIB (12,2%) nos anos de 2015 e 2016 e o Espírito Santo ficou com o segundo pior desempenho no biênio, 11,5%.
Segundo o economista ouvido na reportagem, Adriano Pitoli, este cenário é reflexo da má condução da política econômica brasileira. “Os Estados que tinham uma dinâmica econômica atrelada às políticas do governo, que eram insustentáveis, de estímulo ao consumo, de um BNDES agigantado e de investimentos puxados por estatais, como a Petrobras, terão de fazer um esforço maior para voltar a se recuperar. É o caso de Pernambuco e do Rio de Janeiro”, afirmou Pitoli.
Ainda segundo o periódico, mesmo com o panorama desfavorável dos últimos anos, em 2017 as previsões do PIB são positivas. A economia de todas as regiões do país deve sofrer uma ligeira expansão, com destaque para o Norte, com estimativa de crescimento de 2,9%, seguido da região Nordeste, com 2%; Centro-Oeste, com 1,4%; Sudeste com 0,5% e Sul com 0,4%.
Mesmo sendo o único Estado brasileiro com o menor índice de retração, o Governo do Estado sempre esteve atento aos efeitos da crise nacional no Pará. Em 2016, atuou fortemente na criação e intensificação de políticas públicas que garantam a geração de emprego e renda, especialmente na área econômica com a crise, através do Programa Pará 2030. Entre as ações em diversos setores, está o foco em estimular o setor produtivo na indústria, agropecuária, entre outras, desonerando atividades econômicas, simplificando licenciamentos, qualificando profissionais e estimulando o turismo, entre outras ações.
O governo também se manteve cauteloso na adoção de medidas que garantissem a austeridade nas finanças públicas, entre elas está a redução de 20% nos gastos de órgãos e entidades estaduais. Todo esse esforço, intensificado em 2016, se fez necessário para que o Estado hoje continue pagando o salário dos servidores, integral e em dia, e investindo em setores essenciais para o desenvolvimento do Estado.