Nas mãos de Marcelo Nakamura, a pupunha, fruto nativo da Amazônia, ganhou um novo sabor e o ajudou em um momento de dificuldade
Em janeiro deste ano, após ordem do Tribunal de Justiça, o governo publicou um decreto que suspendeu todos os serviços não-essenciais no Estado para frear a pandemia causada pelo novo coronavírus. Então, vários profissionais ficaram ociosos e buscaram novas alternativas de gerar renda, como o caso do músico Marcelo Nakamura, que decidiu comercializar compota de pupunha.
De acordo com Nakamura, a ideia de vender as compotas surgiu através de seu pai que sempre preparava a iguaria para toda família. “Infelizmente, ele faleceu em 2017, então, veio a vontade de fazer. Para a minha surpresa, a primeira compota que preparei deu certo e, a partir disso, passei a pesquisar e estudar sobre o assunto”, afirmou.
No momento, a produção está acontecendo em pequena escala. Os primeiros clientes foram familiares e amigos, porém, o sabor das compotas ganhou uma grande aliado, a propaganda boca a boca. Nakamura recebeu até mensagens de pessoas em outros estados curiosas para saber mais sobre o produto.
Fabricação
O processo de fabricação das compotas está em constante mudança. “Não tem uma fórmula certa porque ainda estamos pesquisando, como por exemplo, a melhor maneira da pupunha absorver o açúcar ou conseguir uma boa textura para a calda, não queremos que as compotas fiquem com aquele gosto de fruta com açúcar”, destacou.
Outro desafio para preparar as compotas são os tipos diferentes de pupunha. “Algumas são mais oleosas, já outras não tem caroço, ou seja, o trabalho se torna mais desafiador. Em média, levamos duas horas para fabricar material para 20 unidades, tirando o tempo de pasteurização e o processo da esterilização das compotas”, disse Nakamura.
Cada compota de pupunha custa R$ 20, porém, se alguém que já comprou o produto levar o pote utilizado na primeira compra ganha um desconto de R$ 5. Os produtos também são entregados em domicilio. Informações através do número (92) 99535-8121.