Estado do Amazonas tem 240 mil desempregados, indica o IBGE

O desemprego bate recorde no Amazonas no terceiro trimestre deste ano, aponta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgados ontem (22) pelo IBGE. Segundo os números, o desemprego atingiu 240 mil pessoas em todo o Estado, apresentando um crescimento de 13,6% no período. A taxa é a maior registrada no Estado em 2016, atrás apenas do trimestre anterior com 13,2%. De janeiro a março deste ano, o resultado apontou que 221 mil pessoas estavam sem emprego e no trimestre seguinte, o número subiu para 238 mil. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o aumento foi de 39,53% .

Cerca de 240 mil pessoas estão sem emprego no Estado. Foto: Divulgação
Para o presidente da assembleia geral da ACA, Ismael Bicharra,  o resultado mostra que a região Norte foi uma da mais prejudicadas com a crise, principalmente o Amazonas devido as atividades do comércio e  Polo Industrial de Manaus (PIM). “O nosso Estado sofre duplamente com o cenário econômico, porque quando a indústria demite o comércio sente de imediato. O índice mostra que mesmo com contratações acanhadas, houve mais demissões e as mulheres são as mais prejudicadas com isso”, avalia.

Conforme indicadores do PIM, de janeiro a setembro deste ano foram contabilizados mais de 86 mil empregados entre efetivos, temporários e terceirizados. Em 2015, esse número era mais de 100 mil. “Perdemos quase 20 mil pessoas, fora a cadeia que gravita em torno do distrito. Mas o momento deve ser de esperança e aguardarmos a articulação da PEC 55, que tenta controlar os gastos do país.

Além disso tem a questão da terceirização, favorável para a competitividade das empresas, devido os encargos e benefícios que caem sobre as folhas serem altos diante da crise. Mesmo com contratações em fortes segmentos como eletrônico, informática e química a situação é considerada delicada por fatores econômicos e políticos”, explicou o vice-presidente da  Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo.

A pesquisa mostra que a indústria geral e o comércio foram as atividades que mais incrementaram mão de obra no período com 1.721 mil e 1.374 mil, respectivamente. Já entre os que mais reduziram quando comparados ao mesmo período de 2015, está transporte (-527mil) e alojamento e alimentação (-276 mil).

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