Diálogos Amazônicos de Brasília analisará Reforma Tributária e dificuldades logísticas da Amazônia 

Objetivo do evento é realizar um balanço da Reforma Tributária e debater os desafios da infraestrutura logística da região.

A Fundação Getúlio Vargas, por meio da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP), promoverá em Brasília a segunda edição presencial do projeto ‘Diálogos Amazônicos‘, webinar que debate temas sobre a preservação, o desenvolvimento e a bioeconomia da floresta Amazônica. A entrada será gratuita e os interessados em participar poderão fazer sua inscrição por meio deste link

Com a participação de parlamentares, executivos e especialistas, a conferência conta com o apoio do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) e tem como objetivo fazer um levantamento da Reforma Tributária e dos seus impactos na atração de investimentos para a região Amazônica. Além disso, por meio de painéis, palestras e debates, o encontro se propõe a analisar as estratégias de desenvolvimento para a região e discutir sobre a infraestrutura e os desafios logísticos que a Amazônia enfrenta hoje.

Para Márcio Holland, coordenador do programa de pós-graduação em Finanças da FGV e idealizador do projeto, esse encontro é uma oportunidade valiosa para o público interagir com especialistas da região. “É um momento para compartilhar experiências e adquirir conhecimentos sobre o bioma que possui a maior biodiversidade do mundo”, reforça ele.

O modelo tributário atual transforma a Amazônia em um dos maiores contribuintes de tributos federais do país. Em 2023, por exemplo, foram arrecadados cerca de R$ 21,5 bilhões em impostos. Os investimentos da região em desenvolvimento, inovação e pesquisa chegaram a R$ 1,5 bilhão também em 2023, com a geração de mais de 500 mil empregos diretos e indiretos. 

“A Reforma Tributária e o desenvolvimento regional do Amazonas são assuntos que estão ganhando cada vez mais força entre os principais especialistas e formadores de opinião, pois a região precisa de um sistema tributário mais simples, justo e transparente”, enfatiza J. Portela, diretor do conselho do CIEAM e advogado tributarista. 

Em relação à infraestrutura e aos contratempos logísticos do Amazonas, os gastos atuais com transportes hidroviários no Amazonas são estimados entre 3% e 7% do PIB, o que representa algo entre R$ 4,8 e R$ 11,2 bilhões por ano.

“O ideal é que o custo com a logística seja a metade do valor praticado hoje para recuperar a competitividade da Zona Franca de Manaus”, explica Augusto Rocha, coordenador da comissão CIEAM de Logística. Durante a Grande Seca de 2023, a indústria do Amazonas teve um sobrecusto de R$ 1,4 bilhão em sua operação logística, devido aos problemas causados pelas dificuldades no transporte de insumos. 

Painéis e palestras

O painel ‘Desafios da Amazônia’ contará com o senador da República e ex-governador do estado do Amazonas, Eduardo Braga, junto com Rebecca Garcia, diretora de desenvolvimento de negócios da GBR Componentes da Amazônia e coordenadora da comissão CIEAM de Assuntos Legislativos. Eles farão uma reflexão sobre os desafios enfrentados pela Amazônia. 

Mesas e debates 

Após o painel, serão realizadas duas mesas de debates. Luiz Frederico Oliveira de Aguiar, superintendente-adjunto executivo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), e Erick Moura de Medeiros, diretor de infraestrutura aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), vão comandar uma discussão sobre infraestrutura e logística na Amazônia. O encontro será mediado por Augusto Rocha, coordenador da comissão CIEAM de Logística. 

‘Os rumos da Amazônia com a reforma tributária’ será o tema da segunda mesa de debates, que será mediada por J. Portela, com a participação do deputado federal e presidente da comissão de reforma tributária, Reginaldo Lopes, do diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), Nelson Machado, e do ex-ministro da Previdência Social e secretário da Fazenda do Estado do Amazonas, Alex Del Giglio. 

*Com informações do Cieam

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