Controle da usina de Belo Monte é colocado à venda

Segundo informações obtidas pelo jornal ‘O Estado de São Paulo’, a hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, está à venda. O Bradesco BBI seria o responsável por auxiliar as empresas que compõem o bloco de controle da Norte Energia, concessionária que administra a usina, nas negociações com investidores no Brasil e exterior.

Um banco internacional também participará da venda da hidrelétrica. Está disponível para negociação a parte das empresas Cemig, Light, Sinobras, Vale, Neoenergia, J.Malucelli, além dos fundos de pensão da Petrobrás (Petros) e Caixa (Funcef). A participação dessas companhias na Norte Energia é de 50,02%. O preço de Belo Monte é estimado em R$ 10 bilhões. A hidrelétrica será concluída em 2019, e ainda precisará de um investimento de R$ 5 bilhões. 

Hidrelétrica de Belo Monte. Foto: Rodolfo Oliveira/Agência Pará
Maior do país

Construída no rio Xingu, a usina de Belo Monte é a maior hidrelétrica 100% nacional e a terceira maior do mundo. Com capacidade instalada de 11.233,1 Megawatts (MW). Isso significa carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 Estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País.

A construção de Belo Monte atende aos interesses do governo brasileiro de produzir energia limpa, renovável e sustentável para assegurar o desenvolvimento econômico e social do País. Os primeiros estudos começaram na década de 1970 e, desde então, o projeto original sofreu várias modificações para que fossem reduzidos os impactos ambientais da usina.

A obra da usina gerou cerca de 20 mil empregos diretos e 40 mil empregos indiretos na região. O efeito indireto sobre a economia também foi significativo, com o aumento na demanda por trabalhos relacionados, serviços e insumos, o que dinamizou a estrutura produtiva das comunidades próximas à hidroelétrica. 

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