Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços participou da 313ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa, comemorativa dos 57 anos da autarquia.
Para o Vice Geraldo Alckmin os dois empreendimentos – um privado, para exploração de potássio, e outro público, de pavimentação da rodovia BR-319 – são sensíveis para a região amazônica, embora contem com objeções dentro do próprio governo Lula (PT), sobretudo da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos órgãos de sua alçada para controle ambiental Ibama e ICMBio. Tanto o potássio quanto a rodovia são vitais para o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental.
“Sobre o potássio, acredito que se possa ter um bom avanço”, disse Alckmin. “Potássio é mina, eu não escolho, é natureza. É fundamental para a produção de alimentos e à saúde humana com tecnologia de sustentabilidade ambiental. Estou confiante de que teremos uma boa solução, que vai gerar riqueza e trazer segurança alimentar”, salientou. No tocante à BR-319, Alckmin afirmou que um grupo de trabalho foi criado pelo Ministério dos Transportes numa tentativa de conciliar pavimentação e sustentabilidade, segundo o presidente em exercício.
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, reafirmou o compromisso do Projeto Potássio Autazes com a sustentabilidade, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico e reforçou que não haverá desmatamento de nenhuma área para a implantação fabril e exploração do minério, no município de Autazes (AM). E acrescentou que o Projeto promoverá reflorestamento na região, seguindo rígidos critérios de ESG (Environmental, social, and corporate governance), sigla de meio ambiente, social e governança, em inglês, para denominar as ações de sustentabilidade empresarial. A empresa considera que o projeto atende às demandas dos amazonenses de diversificação e interiorização econômica do modelo Zona Franca de Manaus.
Sobre o autor
Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALC EAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).
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