Tecnologia israelense integrada à bioeconomia e proteção da Amazônia

O Amazon Tech é o início de uma série de discussões promovidas pela Câmara Brasil-Israel para fomentar a união de tecnologias israelenses inéditas com a experiência de empresários e profissionais brasileiros.

Israel, territorialmente um micro país do Oriente Médio, é hoje um dos mais importantes pólos de empreendedorismo do mundo, referência em tecnologia, pesquisa e geração de novos negócios. Considerado o Vale do Silício do Oriente Médio, onde despontam empresas high techs como Waze, WeWork e Wix, seu ecossistema empreendedor, por outro lado, é também rico em “deep techs”, ou seja, “startups” que desenvolvem tecnologias de ponta voltadas a soluções revolucionárias na medicina, segurança, dessalinização de águas do mar, irrigação em larga escala e produção agrícola.

Afinal, quais as razões objetivas que levaram Israel, em apenas 72 anos de existência, com uma população de apenas 9,1 milhões de habitantes, num espaço territorial equivalente ao estado de Sergipe, transformar-se numa potência mundial em tecnologias de ponta e alcançar, em 2918, um PIB nominal per capita de US$42,2 mil e um IDH de 0,906, o 22do mundo? Em suma, por meio de investimentos massivos em segurança, P&D, infraestrutura, comunicações, na saúde pública, na educação de qualidade e na formação de cérebros engajados no processo.

O Amazon Tech, realizado na ultima quinta-feira (26) é o início de uma série de discussões promovidas pela Câmara Brasil-Israel (BRIL Chamber) para fomentar a união de tecnologias israelenses inéditas com a experiência de empresários e profissionais brasileiros. Contou com a participação do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e do Embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, dentre as autoridades. O Painel inicial – Amazônia Sustentável: Pensamento e Ação -, foi apresentado por Denis Minev, presidente do grupo Bemol; o professor Jacques Marcovitch, da USP; Mariano Cenamo, presidente do Idesam, sob a moderação da cientista políticaIlona Szabó.

Foto: Reprodução/ Ibama

O evento insere-se no conceito de Economia 5.0, uma nova visão das lideranças globais que prevê uma economia ligada à tecnologia, conectada com o crescimento econômico e social. “Vamos aproximar as mais avançadas tecnologias israelenses ao desenvolvimento e necessidades da região amazônica nas áreas de telemedicina, segurança de florestas e navegação, sustentabilidade e biodiversidade, acelerando os cultivos com menor custo e preservação da natureza”, afirma Renato Ochman, presidente da BRIL Chamber. Para o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, “o Amazon Tech é o primeiro evento da BRIL na Amazônia voltado a promover o intercâmbio de tecnologia, conhecimento e parcerias entre Brasil e Israel, levando em conta o potencial da floresta e a grande oportunidade de desenvolvimento dessa região”.

Já o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, disse que iniciativas como o Amazon Tech contribuem para divulgar as oportunidades de investimento na Amazônia e ajudam a engajar o maior número de empresas e agências governamentais de países parceiros. “A diversidade ecológica da Amazônia oferece amplas oportunidades, mas seu aproveitamento depende de uma articulação entre capital, conhecimento, trabalho, tecnologia e natureza. E as lideranças empresariais desempenham um papel central para esse novo ciclo econômico de crescimento verde da Amazônia”.

Na ocasião, ocorreu também a inauguração, após Mato Grosso, da regional da BRIL Chamber no Amazonas, como parte de uma estratégia da entidade de descentralização de ações, possibilitando a empresários de diversas regiões brasileiras e de vários segmentos, terem acesso a tecnologias israelenses de ponta. Para a empresária Ilana Minev, que assume a diretoria regional da Câmara, há muito a contribuir em todo o país, onde afloram francas oportunidades no agronegócio e sustentabilidade, campos em que Israel tem muito para contribuir. A nova regional, afirma, “deverá ampliar visões de como a parceria entre os dois países pode apoiar o lado acadêmico, da pesquisa e empreendedor locais, focando, de início, em três eixos fundamentais: bioeconomia, segurança, educação e saúde”.

*O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete, necessariamente, a posição do Portal Amazônia.

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