Inpa faz oferta pública para licenciamento de 30 pacotes tecnológicos

A oferta de soluções tecnológicas busca fortalecer a inovação e a pesquisa científica e tecnológica no setor produtivo e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia.

Foto: Victor Mamede/Inpa

Por Osíris M. Araújo da Silva – osirisasilva@gmail.com

De acordo com a Assessoria de Comunicação da instituição, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) lançou em março deste ano um pacote de Oferta Tecnológica para o setor produtivo com 30 patentes e pedidos de registros junto ao INPI. A oferta de soluções tecnológicas a startups, empresas, associações e outras organizações busca fortalecer a inovação e a pesquisa científica e tecnológica no setor produtivo e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia.

De acordo com a titular da Coordenação de Gestão da Inovação e Empreendedorismo do Inpa (Cogie), Deuzanira Santos, a oferta tecnológica é um instrumento que viabiliza o licenciamento exclusivo de tecnologias protegidas pelas Instituições Científica, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), como é o caso do Inpa, permitindo que empresas interessadas no desenvolvimento e comercialização dessas tecnologias estejam em condição de igualdade de concorrência. “As tecnologias disponíveis se concentram em dez áreas, como alimentos e bebidas, produtos sustentáveis, dispositivos médico-hospitalares, agrotech, cosméticos e fármacos”, afirmou.

Um passo fundamental para desmistificar os produtos de laboratório afastados do mercado consumidor. Enfim, a definitiva aproximação do trinômio ensino-pesquisa-iniciativa privada tendo em vista viabilizar oferta tecnológica por meio de patentes de titularidade do Inpa em parceria com outras instituições e empresas, sendo a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) a principal parceira deste importante centro de pesquisas da Amazônia. Três instituições se destacam como co-titulares de patentes com o Inpa: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para o diretor do Inpa, Henrique Pereira, sobre a “oferta tecnológica realizada em 2024 foram disponibilizadas 23 patentes e quatro softwares, quase metade do portfólio institucional. Com essa nova rodada, será a primeira vez, em 20 anos de existência do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do instituto que o Inpa terá 100% do portfólio ofertado. No Inpa, a Cogie é responsável pela gestão da inovação institucional e corresponde ao NIT institucional”. Fruto da primeira oferta tecnológica realizada no fim de 2024, a Cogie dispõe hoje de seis propostas de licenciamento em andamento. Uma delas, diz respeito à transferência tecnológica da primeira patente ligada à zerumbona (substância extraída do gengibre amargo Zingiber zerumbet), o extrato purificado que pode ser aplicado no desenvolvimento de fármacos. As outras cinco referem-se a tecnologias de alimentos e equipamentos para secagem de frutos amazônicos.

Informes da Ascom/Inpa acrescentam que, “direcionado a tecnologistas, pesquisadores e demais servidores do Inpa e parceiros, o Inpa também promoveu em abril passado, no Auditório do Bosque da Ciência, o Workshop Prestação de Serviços Técnicos Especializados pelas ICTs”, evento realizado sob a coordenação da Cogie, buscou oferecer conhecimentos para capacitar servidores do Inpa na prestação de serviços técnicos especializados para impulsionar a inovação nos setores produtivos e na sociedade.

Santos salienta que “a iniciativa está amparada no Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, disciplinado pela Lei 13.243, que busca desmistificar a percepção de que a instituição não poderia oferecer tais serviços. É ainda, ao que frisou, uma forma de incentivar os servidores do Inpa a aplicarem seus conhecimentos em prol do desenvolvimento sustentável da região. Ou seja, “o evento, em síntese, teve como objetivo apresentar as possibilidades trazidas pelo Marco Legal de CT&I, mostrando como o Inpa pode prestar serviços que promovam a inovação em empresas de diversos portes como startups, grandes empresas, produtores da agroindústria e até mesmo pessoas físicas”.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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