Governo do Amazonas adota plano de eficiência para economia de energia

As conquistas alcançadas com o Plano nessa fase inicial está entusiasmando outros órgãos a se voltarem para a elaboração dos seus respectivos Planos de Gestão de Eficiência Energética.

Por Osíris M. Araújo da Silva

O crescente desafio global de enfrentar a escassez de recursos energéticos e mitigar os impactos ambientais decorrentes do consumo desenfreado de energia impõe uma urgente necessidade de ações concretas e eficazes em todas as esferas da sociedade. Neste contexto, o Governo do Amazonas, em sintonia com seu compromisso de promover o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental, reconhece a importância estratégica da gestão e eficiência energética em suas atividades e instalações públicas. Simplificadamente, eficiência energética pode ser entendida como resultado da diminuição de gastos com o insumo para produzir a mesma quantidade de produtos.

Ao encontro desse desafio, o Governo amazonense determinou, por meio da Lei n° 5.350/2020, a adoção de técnicas de gestão de tecnologias de fontes renováveis de energia e eficiência energética em todos os órgãos da administração direta e indireta do Estado visando à diminuição, por parte do poder público, dos gastos com a utilização de energia convencional. Para alcançar o objetivo foi elaborado um Plano de Gestão de Eficiência Energética para os órgãos estaduais que tem por finalidade última coexistir com as medidas adotadas por meio do Decreto estadual n° 47.925/2023, que dispõe sobre a redução de despesas de custeio.

Ao estabelecer metas ambiciosas e estratégias práticas para a eficiência energética em instalações públicas, o governador Wilson Lima determinou à Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama) a criação do Plano em referência, implementado, inicialmente, na própria companhia, dando início à adoção de práticas sustentáveis de consumo de energia, de modo a contribuir ativamente para a construção de um futuro mais verde e próspero. Dentre os pressupostos do Plano destacam-se a redução da demanda; a redução de custos; a economia financeira; a redução de volume de emissões de gases de efeito estufa (GEE); e a promoção e solidificação de consciência ambiental por parte do funcionalismo e da própria sociedade, enfim.

O passo seguinte, de acordo com a Ciama configurou-se por meio da elaboração do Plano de Gestão e Eficiência Energética para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), observando toda uma metodologia que envolveu uma série de ações como: reunião de kick-off; análise de contratos de demanda firmados com a concessionária de energia; visitas técnicas acompanhados por representantes do órgão aos compartimentos internos e áreas externas; levantamento de dados do consumo de energia; levantamento de cargas, com inventário de equipamentos eletroeletrônicos, parque de informática, iluminação e climatização; levantamento da situação dos quadros de distribuição de energia; análise de dados de consumo de energia do órgão; elaboração do relatório de análise de demanda; e elaboração de uma Cartilha de Eficiência Energética.

Segundo o presidente da Ciama, Aluizio Barbosa, os estudos realizados já permitiram uma redução inicial da ordem de 34% no consumo de energia da Sedecti que, em continuidade às recomendações do Plano de Gestão e Eficiência Energética, vem promovendo ações de sensibilização junto ao seu corpo técnico de sorte a alcançar novos patamares de redução de custos do insumo. A Ciama está replicando o “caso de sucesso” da Sedecti junto à Secretaria de Administração e Gestão (Sead), ora em fase de implementação; ao Sistema Encontro das Águas (Rádio e Televisão) e nas unidades de responsabilidade da Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), como Arena da Amazônia, Ginásio Amadeu Teixeira e Vila Olímpica de Manaus.

As conquistas alcançadas com o Plano nessa fase inicial está entusiasmando outros órgãos a se voltarem para a elaboração dos seus respectivos Planos de Gestão de Eficiência Energética, em observância às determinações emanadas das medidas preconizadas pelo Executivo amazonense para o setor.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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